André Coelho Lima lamentou "imponderação" por estar presente em ajuntamento espontâneo de nicolinos

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O Vereador do PSD, André Coelho Lima, transmitiu os seus "lamentos" aos restantes membros do Executivo vimaranense "pela circunstância de numa imponderação de natureza pessoal, poder eventualmente a todos ter envolvido", ao referir-se aos acontecimentos verificados no último domingo de manhã, em que esteve presente no Largo da Oliveira, num momento em que dezenas de pessoas tocaram caixas e bombos, assinalando espontaneamente o início das Festas Nicolinas. O assunto teve repercussões nacionais, com a divulgação de imagens nas redes sociais da presença do também Deputado na Assembleia da República e Vice-Presidente do PSD.

Numa intervenção feita no período antes da ordem do dia, na sessão realizada ontem por videoconferência, André Coelho Lima fez questão de dizer: “Não ficaria de bem com a minha consciência, tendo em conta que fui envolvido também na condição de vereador desta Câmara Municipal e membro deste Executivo que é liderado pelo Sr. Presidente, não seria meu chegar a esta reunião e ignorar esta circunstância. Queria aproveitar para vos transmitir a todos, sem necessidade de delongadas explicações sobre aquilo que está já devidamente escrutinado na praça pública, mas com uma necessidade pessoal de a todos transmitir os meus lamentos pela circunstância de numa imponderação que é de de natureza pessoal, poder eventualmente a todos ter envolvido".

"Aquele acontecimento é difícil de compreender e como tal de explicar para quem não é de Guimarães, sendo facilmente compreensível para quem é de Guimarães", continuou o representante social-democrata, acrescentando: "Não me refiro ao ajuntamento, refiro-me à espontaneidade do mesmo. Para quem é de fora é muito difícil perceber que possa haver um movimento espontâneo daquela natureza, quem é de cá acaba por conseguir compreender…".
Por esse motivo, André Coelho Lima reconheceu "as impressões eventualmente negativas da nossa terra para o exterior" geradas pelo acontecimento. "Nós líderes políticos não podemos ficar pelo comentário da percepção e temos que nos deter no comentário daquilo que é real. Essa é a parte que não transijo. Os cidadãos que estiveram ali presentes: todos estiveram no mesmo espírito de não ajuntamento, não rebelião, de não provocação, antes pelo contrário de absoluto aproveitamento do período em que a lei do estado de emergência em vigor permitia andar na rua, de forma livre, com ou sem caixas e bombos… Aliás, os vimaranenses foram absolutamente exemplares no respeito pelo cancelamento da festa que as autoridades municipais e de saúde determinaram e muitíssimo bem. Foram exemplares nesse cumprimento! Aquela espontaneidade, aquele grito, não combinado, mas em que alguns conterrâneos acorreram é aquilo que foi... efetivamente espontâneo, muito embora a percepção não seja essa", frisou, indicando que não prestaria mais declarações sobre o assunto. "Mas neste órgão, a que me orgulho de fazer parte, não ficaria de bem com a minha consciência se não vos transmitisse estas palavras do meu lamento por a todos ter incluído", concluiu.

Na resposta à intervenção, o Presidente da Câmara de Guimarães recordou a intervenção que teve oportunidade de fazer na sessão da Assembleia Municipal, reiterando: "as nicolinas são geradoras de emoções que só os nicolinos e os vimaranenses é que compreendem. Isto já foi muito escrutinado pelos vimaranenses e pelo exterior e todos nós compreendemos que foi um acontecimento espontâneo, as repercussões deixaram-nos tristes". "Assumimos que seriam respeitadas as determinações das autoridades de saúde quanto ao combate à covid-19. Para nós este assunto está encerrado", reagiu Domingos Bragança.

Marcações: André Coelho Lima, Executivo vimaranense, Nicolinas

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