VÍDEO: Empresa de Aldão vai produzir cem mil máscaras por dia

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Máscaras cirúrgicas, um dos produtos mais procurados por estes dias, foi o caminho encontrado por uma empresa de Aldão para contornar a crise no sector têxtil, provocada pelas medidas de contenção da Covid-19.

Neste momento a empresa Ribeiro & Matos tem uma  produção diária de 30 mil máscaras, mas espera que, dentro de um mês, consiga estar já a fazer 100 mil unidades ao dia, como explica.

"Hoje temos capacidade para produzir um pouco mais de 30 mil máscaras cirúrgicas, mas quando a linha estiver toda ela automatizada poderemos produzir 100 mil máscaras por dia. Este processo poderia ter-se iniciado mais cedo, mas tivemos um problemas que atrasaram a entrega das máquinas", afirma o empresário vimaranense Manuel Ribeiro, que se viu obrigado a mudar de planos quando os clientes "começaram a cancelar as encomendas em massa", embora sem nunca ter entrado entrar pelo caminho do lay-off.

A empresa Ribeiro & Matos já está a certificar o novo produto. O empresário garante que todo o material utilizado é certificado e nesse sentido acredita que é só "uma questão de tempo". 

"Ainda não estão certificadas. Estamos aguardar pela certificação de um dos três laboratórios para onde enviamos as máscaras. O CITEVE é um deles, mas como o processo está muito demorado, decidimos submeter a mais dois laboratórios", explica. Até porque, nem todos os países aceitam a certificação do CITEVE, o que obriga as empresas a terem de repetir o processo em laboratórios acreditados localmente.

A produção das máscaras cirúrgicas foi uma das soluções encontradas por esta empresa que conta com quase um centena de colaboradores, mas o futuro reserva novos investimentos para a "linha de saúde". 

"Vamos tratar de acoplar todos estes artigos", sublinha Manuel Ribeiro, sem querer desvendar mais pormenores e assumindo que a produção "vai continuar mesmo que a pandemia desapareça", até porque estão em desenvolvimento outros artigos ligados à saúde. 

A empresa trabalha 24 horas por dia na produção de máscaras cirúrgicas, pois "é um bem muito necessário neste momento" segundo o empresário, e para satisfazer as inúmeras encomendas que chegam todos os dias à empresa vimaranense. "Estão a chegar todos os dias. O destino infelizmente não é Portugal, sendo que a maior parte das encomendas chegam de países como França, Brasil, Espanha e Alemanha". 

Para além das máscaras cirúrgicas, a empresa têxtil especializada na produção de vestuário produz máscaras sociais, que vão ter como destino os "clientes habituais". "As máscaras sociais passam pela máquina de desinfecção antes de ser embaladas", acrescenta Manuel Ribeiro.

Guimarães vê desta forma acrescentar mais um empresa no seu portefólio de empresas que, nesta altura de pandemia, reconverteram a sua linha de produção para equipamentos de protecção individual.

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