VÍDEO - Covid-19: Respira-se de alívio e prepara-se regresso à "normalidade" no Centro Social de Guardizela

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No Centro Social de Guardizela, a ameaça do novo coronavírus gerou inquietação, mas a Instituição desde a primeira hora procurou reagir para defender os 350 utentes das diversas valências sociais.

"Fomos todos! Acho que todas as Instituições com as características da nossa, foram apanhadas desprevenidas! Neste momento, posso dizer que estamos tranquilos, mas inicialmente vivemos isto com alguma ansiedade, os nossos idosos deixaram de ter visitas, tivemos de fechar a creche e o pré-escolar, o que foi muito complicado", recorda a Directora do Centro Social, Arminda Soares, acrescentando: "estamos tranquilos, porque está tudo a correr bem!"

A pandemia obrigou a mudanças, reorganizando-se equipas e procedimentos para defender sobretudo os mais frágeis. Os utentes do centro de dia passaram a ser acompanhados em casa e os 86 residentes no lar deixaram de receber visitas presenciais. Uma situação inédita e que exigiu o envolvimento de todos os profissionais da Instituição, disponibilizando o apoio possível aos utentes, através de videochamadas e mais tempo de acompanhamento.

Apesar desse esforço, estranha-se a ausência das crianças, a alegria de duas centenas de meninos e meninas que, até ao início de Março, diariamente frequentavam a creche, o ensino pré-escolar e as actividades de tempos livres. Sensível às dificuldades das famílias, a Instituição decidiu não cobrar as mensalidades destas valências nos meses de Abril e Maio e interregno inesperado está a ser aproveitado para a realização de obras de ampliação da creche. "Em Setembro, a capacidade será reforçada para corresponder ao elevado número de solicitações", explica Arminda Soares.

A preparação para o regresso às atividades que foram suspensas está em curso, mas não  se esquecem as ajudas recebidas nos momentos de maior aflição. "Viseiras, máscaras, produtos desinfectantes, as empresas e a comunidade mobilizaram-se para nos ajudar, e isso é muito gratificante", realça a Directora, reconhecendo que a gestão emocional dos utentes do lar tornou-se o desafio mais exigente. Por isso, enquanto não são permitidas visitas presenciais, tenta-se promover o reencontro visual entre os familiares. 

É através do vidro de uma janela que o afecto aproxima quem há quase dois meses está privado do contacto físico, ajudando com as expressões do olhar e das mãos a matar saudades, à espera que chegue o momento da energia fornecida pelo tão desejado abraço caloroso.

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