Covid-19: «Não vamos correr riscos» é a mensagem do dirigente da Associação de Reformados e Pensionistas de Guimarães
"Não vamos correr riscos". Esta é a mensagem do Presidente da Associação de Reformados e Pensionistas de Guimarães, António Lopes, ao pronunciar-se sobre a reabertura das instalações da sede social da Instituição.
A Associação encontra-se encerrada há mais de mês e meio. "Encerramos mais cedo para não correr riscos e só vamos reabrir até novas ordens das entidades de saúde. Não sei como vamos resolver este problema. Era um convívio quotidiano, frequentado por muita gente. Não quero correr riscos para me apontem responsabilidades. O escalão etário das pessoas que nos frequentam é de risco", sublinha o responsável.
Com cerca de 1.300 sócios, António Lopes explica que é "muito difícil" estar em contacto permanente com todos, por isso utiliza as redes sociais e o telefone como meio de comunicação. "Vou ligando pela lista de associados seguindo a numeração, assim como por vezes eles ligam para nós, esperando que melhores dias apareçam", conta.
O Presidente da Associação de Reformados e Pensionistas de Guimarães refere que a maioria dos associados está a cumprir as directrizes da Direcção-Geral da Saúde, saindo das suas casas apenas porque têm de comprar os bens de primeira necessidade. "Quando não são eles a ir às compras, os filhos fazem-nas por eles. O apoio está a funcionar e não faltam associações dispostas a ajudar. Entretanto, vou ligando para eles, questionando se precisam de alguma coisa", explica António Lopes, frisando que o isolamento social é um "problema" para esta faixa etária.
"Para os reformados ficarem em casa é preciso ter condições. E mais de um mês em casa desgasta", conta.
Os receios do responsável não terminam quando as entidades de saúde derem o aval para sair do confinamento, pois lembra que estamos perante o grupo de maior risco. "Depois que isto fique resolvido não sei como vamos fazer na Associação. Mas se reabrir vou ver se consigo desinfectar as instalações. Para já não tenho conhecimento de associados infectados, mas não dá para ter a certeza. E quando abrir a Associação, vamos tentar fornecer uma máscara para quem frequentar as instalações, porque não vamos correr riscos", conclui António Lopes, deixando uma mensagem de encorajamento: "Fiquem em casa e protejam-se, porque ainda temos muito para viver."
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