VÍDEO: Empresa produz e ajuda a produzir viseiras em 3D para combater covid-19

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Por todo o mundo, a tecnologia ao serviço da medicina. Nos últimos dias, quem domina os segredos da impressão em 3D tem-se redobrado em esforços para produzir os materiais que os médicos mais precisam para lutar contra o novo coronavírus.

Em Guimarães, Devise Solutions, empresa de tecnologias e de soluções para a indústria, está a imprimir viseiras em 3D e apresentou modelos para quem desejar entrar nesta "luta", destinadas sobretudo aos profissionais de saúde, dos hospitais e dos centros de saúde, e para os profissionais que estão na linha da frente do combate ao surto de covid-19.

Nessa tarefa conta com o apoio de voluntários e empresas e ainda com dois modelos de impressão 3D. "Perante este problema, tentamos apresentar uma solução para diminuir o impacto do covid-19. O primeiro modelo foi desenvolvido em parceria com alguns médicos do Hospital de Guimarães, focando-se no conforto e durabilidade. Por ser um processo bastante demorado, criamos uma plataforma para pessoas que têm impressão 3D e que pretendam colaborar. Fazemos a produção interna, juntamos a produção de várias pessoas e fazemos a montagem final do processo. É totalmente gratuito e assente em voluntários que nos fornecem as peças impressas e as entidades que nos fornecem o material", refere o responsável Carlos Azevedo, adiantando que neste momento a produção está a "aumentar exponencialmente", visto que contam com "mais parcerias" e uma empresa que está a fazer o corte das viseiras e a ajudar em todo o processo logístico da produção.

Para acelerar a produção, a empresa criou um novo modelo. Sendo o inicial "mais confortável",  mas "mais lento a sua produção", o novo modelo, "apesar de menos confortável", é mais rápido de produzir. "A ideia é ter um modelo que seja utilizado pela linha da frente, ou seja, por médicos e enfermeiros, e um modelo que chegue a outros profissionais que têm de se manter activos e desta forma diminuir os vectores de transmissão, como é o caso dos funcionários de supermercados ou de lares", explica.

Segundo o fabricante das viseiras, é possível produzir 60 unidades por dia do primeiro modelo, um número que duplica com as unidades produzidas pelos voluntários. Quanto à viseira mais funcional, o número de unidades pode chegar às duas centenas por dia.

Neste momento a empresa está também a trabalhar num modelo de injecção de plástico, que vai permitir passar para uma produção diária de 2.000 unidades. 

Há espera destas viseiras estão inscritos na plataforma criada pela Devise Solutions cerca de 8.000 pedidos, que vão desde dos hospitais de Guimarães, Riba de Ave, Vila Nova de Gaia. S. João, ou Braga, bem como de várias clínicas e centros de saúde de Guimarães e Famalicão. "Temos ainda um pedido urgente para quem está na linha da frente de Ovar, bem como dos Açores que não tinha material nenhum. Infelizmente, os pedidos são muitos", frisa. 

Marcações: coronavírus, viseiras em 3D

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