Empresa têxtil de Moreira de Cónegos altera produção e passa a produzir máscaras
A empresa Confecções Cruzeiro, com sede em Moreira de Cónegos, suspendeu parcialmente a produção habitual e começou a produzir máscaras para entregar nas principais instituições da região. O administrador da empresa conta ao Grupo Santiago que "não tem mãos a medir" para os pedidos que chegam à empresa, mas tudo se resume à falta de matéria prima.
"Estamos a produzir cerca 6.000 máscaras. O problema é arranjar tecido para mais. Tentaremos procurar mais para dar resposta às necessidades, pois seguramente serão precisas mais, mas neste momento é difícil arranjar tecido. Se tivéssemos mais tecido, mais produziremos”, relata Jorge Sampaio.
Perante este cenário, a empresa decidiu começar a produzir máscaras para os hospitais, bombeiros e lares.
"Neste momento, as confecções não estão com a pressa habitual para a produção, por isso associamo-nos a esta causa que nos preocupa a todos. Desta forma, colocamos algumas linhas a ajudar no fabrico de máscaras porque várias instituições da região, todas elas aflitas, pediram-nos ajuda e é isso que estamos a fazer" explica Jorge Sampaio. A empresa ressalva que neste momento está a ajudar "os casos mais graves", que estão em "situação em ruptura" "Os médicos que nos pediram dos hospitais, os bombeiros e os lares estão na linha da frente, mas há uma série de gente que tem pedido", refere.
O administrador da empresa adianta que o sector - Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Calçado (ANIVEC) - está "sensibilizado para esta causa" e que outras fábricas poderiam seguir o mesmo caminho se existisse matéria prima. "Os fornecedores também estão a passar uma fase anormal e o stock que existia para anos resume-se a um dia. O tecido praticamente não existe e, por essa razão, vamos vendo o dia a dia. Se houvesse matéria prima muito mais gente se associava ao fabrico. Até nós podíamos ajudar mais se não fosse a escassez do tecido", conclui.
Marcações: coronavírus, Confecções Cruzeiro