VÍDEO: Um novo edifício para acudir à lista de espera no CAO e lar é o desejo da APCG

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A construção de um novo edifício é a ambição assumida pela Associação de Paralisia Cerebral de Guimarães neste ano em que completa um quarto de século de existência. A Instituição há muito que persegue a edificação do imóvel no terreno que tem disponível e assim garantir o reforço da capacidade do espaço actual, onde estão concentrados os serviços do centro de reabilitação para crianças e jovens portadores de paralisia cerebral, centro de actividades ocupacionais (CAO) e lar residencial.

"Desde 2009 que lutamos pelo terceiro edifício", aponta o presidente da Direcção, Joaquim Oliveira, assumindo a necessidade de dar resposta aos pedidos de integração nas valências de CAO e Lar. "Temos uma lista de espera enorme e a única solução é 'fazer crescer' o edifício", acrescenta Joaquim Oliveira, confiante na concretização do projecto, realçando que há muitas famílias que diariamente vivem o drama de não terem onde colocarem aqueles de que precisam de respostas terapêuticas e lúdicas especializadas.
"Há casais que atingem uma certa idade e têm os seus filhos na casa dos 40 ou 50 anos, sem perspectivas de um acolhimento futuro para eles, porque não têm autonomia e estão numa situação de dependência", sublinha, ao observar que "sem um novo edifício, a resolução desses problemas é difícil".

O dirigente congratula-se com a mobilização da comunidade nas iniciativas de angariação de fundos para que "quando chegar ao momento de avançar com a obra", a APCG "ter o montante necessário para pagar", embora esteja a contar ver aprovado o financiamento estatal na sequência de uma candidatura apresentada.
"Começar a edificar um novo edifício... Será o melhor presente para assinalar 25 anos de uma luta constante", defende Joaquim Oliveira, apelando à participação da comunidade vimaranense no programa que vai assinalar em Guimarães o Dia Nacional da Paralisia Cerebral.
As comemorações estarão centradas em Guimarães, com actividades que começam sexta-feira e prolongam-se até domingo.
A Gala dos Afectos 2019 marcada para sábado, às 21h30, no Multiusos de Guimarães, constitui um dos pontos altos das comemorações, com a actuação dos Anjos e dos Calema. O espectáculo proporcionará também uma surpreendente exibição dos utentes da APCG. "Eles estão a ensaiar com muita força e com toda a garra, porque em palco são capazes de provar que conseguem tudo", comenta Cláudia Esteves, Coordenadora da Instituição, desafiando a comunidade a participar no evento que será memorável.
O programa das comemorações procura estimular o envolvimento dos vimaranenses. Por isso, na sexta-feira, ao longo do dia (9h00/16h30), no Largo do Toural, haverá "jogos com barreiras", actividade dirigida ao público escolar, constituindo uma espécie de acção de sensibilização para as adversidades que enfrentam os utentes da APCG.
A sessão evocativa do Dia Nacional da Paralisia Cerebral vai decorrer no domingo, pelas 11h00, no Centro Cultural de Vila Flor, com uma conferência intitulada «Inclusão social e o papel das organizações sociais na sociedade civil».

Desafio constante em prol da inclusão

"Não ganhamos guerras, mas vencemos algumas batalhas. Este é o nosso espírito!" É assim que a Coordenadora da APCG, Cláudia Esteves, sintetiza a evolução do trabalho multidisciplinar desenvolvido pela Instituição. "Há dias de grandes conquistas porque há utentes que dão provas de que a dificuldade não é uma impossibilidade e dão lições de vida porque a alegria, o entusiasmo, a felicidade que evidenciam superam as limitações das dificuldades motoras ou cognitivas que apresentam", reconhece, ao explicar que a intervenção procura ser "personalizada e o mais específica possível em função do perfil dos utentes e envolvendo a família nas metas que são definidas".
Nas instalações da APCG, de segunda a sexta-feira, entre as 9h00 e as 17h00, 30 utentes maiores de 18 anos frequentam o CAO, juntamente com os 17 utentes que permanecem na valência de lar residencial, "o que é uma resposta insuficiente atendendo à lista de espera". O centro de reabilitação, com uma intervenção focalizada dos 0 aos 18 anos em ambulatório, acolhe 122 clientes para as mais diversas terapias, existindo ainda a equipa local de intervenção precoce que actua nos contextos educativos com 82 clientes. "É um universo muito alargado que abrange o concelho de Guimarães e concelhos envolventes", assinala, enquanto mostra o espaço num dia de semana, com os utentes a participar nas actividades desportivas no pavilhão multifunções, nas sessões de hidroterapia que decorrem na piscina, nas terapias de estimulação multi-sensorial possíveis na sala de snoezelen e na oficina de trabalhos manuais onde já estão a ser elaboradas as decorações natalícias.
"Queremos que os nossos utentes participem na sociedade, fazemos o que está ao nosso alcance para incluí-los no quotidiano. As equipas que cá trabalham têm esse desafio constante", concluiu Claúdia Esteves.


Marcações: APCG, gala dos afectos

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