Oficial da PSP de Guimarães diz que agrediu adepto do Benfica por impulso
Começou esta segunda-feira, no Tribunal Judicial de Guimarães, o julgamento do subcomissário da PSP Filipe Silva. O oficial está acusado dos crimes de agressão a dois adeptos do Benfica, em Maio de 2015, nas imediações do Estádio D. Afonso Henriques.
O oficial da PSP justificou a sua atitude com o facto do adepto benfiquista ter resistido à detenção. Admitiu ainda que agrediu o pai, Manuel Magalhães, com socos, quando sentiu que foi agarrado pelas costas.
O subcomissário Filipe Silva afirmou ainda que o apoio dos adeptos do Vitória ao clube "é digno de um estudo académico", sublinhando que eles são "mais violentos quando a situação descamba para a violência". "É atípica e notória a ligação quase religiosa dos adeptos ao clube, ao estádio e à cidade", referiu. O arguido sublinhou que já fez policiamentos em vários estádios do país, incluindo Lisboa e Porto, mas "nada se assemelha" ao que acontece em Guimarães. "Os adeptos [do Vitória] são muito mais aguerridos e muito mais bairristas do que noutros estádios, o que faz com que sejam mais violentos quando descamba para a violência", referiu. Filipe Silva tentava, desta forma, explicar as dificuldades acrescidas do policiamento no estádio do Vitória Sport Clube.
O arguido responde por dois crimes de ofensa à integridade física qualificada, dois crimes de falsificação de documento e dois crimes de denegação de justiça e prevaricação. Os factos remontam a 17 de Maio de 2015, logo após o final do jogo entre o Vitória e o Benfica, no exterior do Estádio D. Afonso Henriques.
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