VÍDEO: Obras na Capela de S. Crispim vão dar novo impulso à Irmandade que faz a Ceia dos Pobres
Mais uma vez, a chama mágica do Natal ganha uma consistência especial no Albergue de S. Crispim, onde será servida a tradicional Ceia dos Pobres a todos aqueles que na noite da Consoada ali se deslocarem para o jantar.Por iniciativa da Irmandade de S. Crispim e de S. Crispiniano, os preparativos estão em marcha para que no próximo domingo se instale a azáfama na pequena cozinha, onde serão cozidas as batatas, o bacalhau e as couves que vão dar conforto ao estômago e animar o semblante de dezenas pessoas.
"No ano passado, servimos 90 refeições, saiu daqui toda a gente satisfeita. É assim o Natal", refere o incansável Juiz da Irmandade, anunciando que o bacalhau será colocado a demolhar amanhã. "As postas são boas e precisam de ser bem demolhadas", justifica José Pereira, desabafando: "dá trabalho, mas é um gosto muito grande! Alguém tem de continuar a servir uma refeição condigna a quem precisa numa noite tão especial.
O Juiz daquela instituição garante que a ceia de Natal do Albergue de S. Crispim "é uma tradição que Guimarães nunca vai deixar morrer", porque ela significa verdadeiramente o "espírito do Natal".
Restauro quase
concluído
O espaço onde é servida a Ceia dos Pobres é contíguo à capela que há cerca de dois anos está a ser submetida a obras de reabilitação. A intervenção está praticamente concluída, destacando-se ao olhar o esplendor artístico dos altares restaurados.
O Juiz recorda que as obras permitiram a descoberta de um conjunto significativo de peças em prata escondidas num cofre oculto numa parede da sacristia. A prataria foi inventariada e retirada daquele espaço que está a sofrer uma cuidadosa requalificação, sob orientação da arquitecta Alexandra Gesta, enquanto liderava o Gabinete de Couros. Sítios Patrimoniais.