Moradores de bairros sociais concentraram-se na Assembleia Municipal
Os moradores dos bairros sociais de Guimarães, geridos pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana concentraram-se, ontem à noite, na Plataforma das Artes e da Criatividade, enquanto decorria a sessão da Assembleia Municipal.Com a lotação da sala esgotada, algumas dezenas de moradores tiveram que aguardar o decurso da reunião no átrio do Centro Internacional das Artes José de Guimarães, em protesto pelo aumento das rendas e pela falta de condições nas habitações.
A situação dos habitantes dos bairros do IHRU dominou o período antes da ordem do dia. César Teixeira, do PSD, defendeu a adopção de uma solução definitiva, com o Município, através da CASFIG, a assumir a gestão de todos os bairros sociais.
Os aumentos das rendas são incomportáveis para a maioria das famílias, como manifestou Célia Magalhães, da CDU.
A bancada socialista, pela voz da deputada Marta Coutada, reclamou uma revisão urgente da lei que está a agravar as condições de vida dos moradores, que residem em habitações onde há infiltrações de água e problemas nas canalizações.
O deputado do Bloco de Esquerda, Joaquim Teixeira, lançou o desafio para que a Câmara coloque o Estado em Tribunal, dada a má gestão verificada nos bairros sociais.
O Presidente da Câmara indicou que a Autarquia tem acompanhado a situação dos moradores. Domingos Bragança reiterou que o Município aceita os bairros sociais se forem entregues requalificados, ou se o Governo transferir para a autarquia o valor necessário para a sua beneficiação.
Entretanto, a moção do PSD, CDS-PP e MPT em que se propunha uma recomendação ao Município para promover negociações com o IHRU para a transferência dos bairros sociais para a CASFIG foi chumbada com os votos contra do PS, CDU e Bloco de Esquerda.
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