Moradores de bairros sociais protestaram contra aumento de rendas

Os moradores dos bairros do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) de Guimarães protestaram esta tarde contra o aumento de rendas anunciado que afirmam «não ter em conta» o estado de conservação das habitações.
Os cerca de 1.000 moradores dos bairros de Gondar, Feijoeira, Atouguia, Senhora da Conceição e São Gonçalo aprovaram ainda uma moção de «repúdio» pelos aumentos anunciados e afirmam «não ter culpa» da «situação do Estado».

Segundo as associações de moradores os aumentos «em alguns casos» serão, até maio de 2016, de «seis mil por cento», um valor «incomportável» par aquelas famílias e lembraram que muitas das habitações foram «deixadas ao abandono» pelo IHRU durante três décadas.

«Os aumentos previstos não tem em conta o estado de conservação das habitações nem as pessoas que nelas habitam», reclamaram os moradores.

Durante o protesto, que terminou com uma marcha pela cidade, os moradores aprovaram uma moção de desagrado contra o aumento das rendas a que vão ser sujeitos.

«Repudiamos de igual forma os aumentos já anunciados para a Feijoeira, Atouguia, São Gonçalo e Gondar» porque, justificam, «estes bairros continuam com problemas e sem qualquer tipo de obras desde a sua construção».

Aliás, lembra o texto, «muitos deles não têm condições de habitabilidade condigna, com degradação visível quer no interior quer no exterior, contrariando a Constituição da República quer diz que todos têm direito a uma habitação condigna».

Os moradores afirmaram «não ter culpa da situação do Estado» e que «não podem ser eles a pagar a conta».

Segundo os moradores, «em alguns casos os aumentos vão atingir os sei mil por cento, ainda que de forma gradual, até maio de 2016», valores que consideram «insuportáveis para famílias que já vivem com dificuldades».

Embora concordem com o «argumento» IHRU, que defendeu o aumento anunciado como uma atualização das rendas, que não era feita, em alguns casos, há mais de 30 anos, os moradores defendem que não podem ser «penalizados» pela «inércia» daquele instituto publico.

«Não foi por culpa nossa que as rendas nunca foram revistas. É verdade que assim foi, mas também é verdade que temos vindo a pagar do nosso bolso todas as obras e intervenções nos bairros», argumentaram.

Na moção aprovada os habitantes dos bairros vimaranenses pertencentes ao IHRU dão ainda conta que a «luta» contra o aumento das rendas não acabou.

«Os moradores garantem que tudo vão fazer para deixarem de ser vítimas desse crime», avisaram.

Marcações: Sociedade

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