Sessão da Assembleia Municipal evocativa do 25 de Abril manifesta preocupação com crise

A Assembleia Municipal de Guimarães assinalou os 38 anos do 25 de Abril de 1974, com uma sessão comemorativa realizada na Escola Secundária das Taipas. Numa sessão abrilhantada com a actuação de um sexteto de metais da banda musical das Caldas das Taipas, as intervenções dos diversos oradores tiveram como denominador comum a actual grave crise económica.
O Presidente da Assembleia Municipal, Remísio de Castro, considerou que a crise não se pode resumir ao deve e haver que deita fora a esperança dos cidadãos e põe em causa direitos elementares da democracia.
Na sessão, uma aluna da Escola Secundária das Taipas referiu-se à crise como factor que condiciona o sonho dos jovens num país que se afirma como estado de direito.
Na sessão evocativa da revolução dos cravos, Carla Carvalho, do Bloco de Esquerda, referiu-se ao ataque aos direitos dos trabalhadores a que se assiste actualmente, exortando à insubordinação popular, a exemplo da atitude do Rei D. Afonso Henriques.
Na sessão, Alfredo Sousa, do CDS, salientou que os avanços civilizacionais operados na sociedade portuguesa, proporcionados pelo 25 de Abril, contrastam com problemas que afectam seriamente a vida da população.
Usando da palavra em nome da CDU, Cândido Capela Dias confessou mágoas por ver que 38 anos depois de 1974, ainda há muitos objectivos de Abril por cumprir, sendo certas as desigualdades que reinam na sociedade portuguesa.
Na sessão, Constantino Veiga, do PSD, deixou claro que existem princípios de Abril que são violados e que cavam o fosse entre ricos e pobres, numa sociedade que deve proporcionar igualdade de oportunidades.
Falando em nome do PS, Luís Soares, considerou que a crise actual está a resultar em medidas de austeridades que ameaçam a classe média e, consequentemente, a paz social.



Marcações: Sociedade

Imprimir Email