«Fez-se justiça às pretensões dos doentes de Guimarães» diz António Lourenço sobre abertura do Laboratório de Hemodinâmica
"É um dia feliz, para Guimarães e para todos aqueles que participaram directa ou indirectamente" no movimento que permitiu dotar o Hospital da Senhora da Oliveira de Guimarães com um Laboratório de Hemodinâmica. Foi com uma "enorme satisfação e uma sensação de alívio muito grande" que António Lourenço, Director do Serviço de Cardiologia, reagiu ao anúncio da abertura antes do verão feito pela Ministra da Saúde, no Parlamento, após o impasse no processo relacionado com a entrada em funcionamento do equipamento e adaptação de instalações que resultaram de um movimento cívico que permitiu o investimento na ordem dos dois milhões de euros.
"São quase quatro anos à espera de uma decisão que tardava em chegar. Penso que se faz justiça por tudo o que lutamos por este serviço e pelos doentes. Os doentes passarão a ser mais rapidamente tratados, sem perderem horas infindas à espera que uma ambulância chegue porque nem sempre está disponível", comentou ao ser contactado pelo Grupo Santiago. "É um dia feliz para Guimarães e para todas as pessoas que de qualquer maneira contribuíram e que ajudaram - foram tantas pessoas e entidades e não quero esquecer ninguém - para que fosse uma realidade e abrisse o mais rapidamente possível. Fez-se justiça às pretensões dos doentes de Guimarães", afirmou António Lourenço.
Realçando que Hospital de Guimarães tem uma área de influência de cerca de 400 mil habitantes, o responsável assumiu compreender "que houvesse alguns constrangimentos pelas redes de referenciação que estavam previamente aprovadas, mas já não eram actualizadas há alguns anos", destacando a sua satisfação "pela abertura do laboratório de hemodinâmica em Guimarães" e pelo "avançar de um novo centro de cirurgia cardíaca, porque nós também precisamos que os nossos sejam operados o mais rapidamente possível".
"Às vezes, as pessoas estão seis, sete, oito, nove meses à espera de uma cirurgia, alguns acabam por sucumbrir à espera de uma cirurgia, o facto de facultarem ao Hospital de Braga - e plenamente de acordo porque é um hospital central do minho - vai fazer com que os doentes do foro cardiovascular sejam mais bem tratados e em tempo útil", acrescentou, ao advertir: "quanto mais tempo demorarmos a tratar um enfarte na sua fase aguda, mais complicações haverá a la longue"
"Quem tem um serviço de cardiologia, com 17 cardiologistas e cinco internos em formação, naturalmente gera pedidos de cateterismos, porque não se estuda determinada patologia sem ter disponibilidade de um exame de hemodinâmica. Era isso que há muito tempo precisávamos, porque éramos um dos poucos serviços de cardiologia do País com este número de elementos que não tinha um laboratório", explicou, satisfeito, à espera que seja cumprida a abertura oficial, como prometido pela Ministra da Saúde, fazendo questão de insistir: "todos estão de parabéns, porque sem eles nada disto seria possível. Estamos eternamente agradecidos a toda a gente que directa ou indirectamente ajudou e colaborou para a criação deste serviço".
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