Covid-19: Hospital de Guimarães está a "sentir a pressão" do aumento de casos de infecção
No Hospital de Guimarães, estão internados 20 doentes com Covid-19, estando um deles nos cuidados intensivos.
O Director Clínico, Helder Trigo, reconhece que a unidade hospitalar está a "sentir a pressão" resultante do aumento de casos de infecção por Covid-19, mas "a situação do Hospital está perfeitamente controlada". "O Hospital está pronto para responder tanto aos doentes Covid-19 positivos, como aquelas pessoas que têm outras patologias e que nos procuram e têm necessidade de nós. A situação está controlada, mas estamos preocupados com o aumento do número de casos", referiu, mostrando-se preocupado com a elevada procura que o serviço de urgência tem registado. "A afluência tem sido grande, com pessoas a procurar o serviço e que não deveriam recorrer ao Hospital, mas sim dirigirem-se aos centros de saúde. Os centros de saúde estão a funcionar de forma condicionada, mas as pessoas que apresentam sintomas ligeiros devem dirigir-se aos centros de saúde que têm a possibilidade de fazer testes. E se as pessoas não tiverem a necessidade de ficar internadas, como acontece com a maior parte das pessoas felizmente, podem ficar em suas casas e serem acompanhadas pelo seu médico de família, não devem 'entupir' os serviços de urgência, porque isso dificulta a nossa actividade para tratar daquelas pessoas que realmente necessitam de um serviço de urgência hospitalar", transmitiu Hélder Trigo, apelando ao cumprimento das recomendações de uso de máscara, distanciamento social e cumprir as regras de higienização das mãos e etiqueta respiratória.
Entre os profissionais de saúde, há também registo nos últimos dias de casos positivos de Covid-19. O Director Clínico, Helder Trigo, não adiantou quantos profissionais do HSOG estão infectados, indicando que o Hospital adoptou medidas "para evitar infecções". "Tem havido profissionais infectados, não há nenhum internado, mas tal como há na comunidade. O Hospital tem mais de mil funcionários e como tal há profissionais infectados, o que nos causa constrangimentos porque ficamos privados dos serviços dos que ficam infectados e daqueles que trabalham com eles. Na gestão dos recursos humanos, isso é complicado", sustentou, garantindo que não está comprometido atendimento à população.
"Estamos preocupados porque a qualquer momento as coisas podem ficar desequilibradas, mas a quantidade de doentes que temos e a organização dos serviços permite ter a situação controlada", continuou o Director Clínico, ao destacar o trabalho que o Hospital tem vindo a fazer, nomeadamente na recuperação das listas de espera, nomeadamente na área de cirurgia.