VÍDEO - Covid-19: Hospital de Guimarães com mais quartos com pressão negativa: «Não podemos descansar agora»
Os desafios continuam no Hospital Senhora da Oliveira na árdua luta contra a pandemia da Covid-19. A actividade assistencial programada já foi retomada, mantendo-se os circuitos separados para afastar o risco de propagação da doença.
Com seis doentes com a infecção internados, nenhum deles a precisar de tratamento na Unidade de Cuidados Intensivos, o Hospital está a preparar-se para atacar possíveis novos surtos, estando a aumentar o número de quartos com pressão negativa.
Em entrevista ao Grupo Santiago, o médico Pedro Cunha, da Comissão de Acompanhamento da Covid-19, explica a nova organização dos serviços e como o HSOG está a preparar-se.
O aumento do número de quartos com pressão negativa, explicou, "permite que estes pacientes estejam isolados dos outros e uma redução do risco de transmissão quer aos profissionais, quer de outros pacientes". "Estamos a tentar aproveitar este pequeno espaço que a pandemia nos deu para terminar a nossa programação, para estarmos melhor preparados porque não sabemos o que será o futuro! Se será um futuro mais agressivo, se será até mais simples, ninguém sabe! Queremos estar o melhor preparados e estamos a utilizar todo o tempo que temos depois do trabalho intensivo ao longo dos últimos quatro meses! Não podemos descansar agora. Temos de aproveitar este pequeno espaço para melhorar a estrutura e a preparação para um eventual surto".
Na missão de salvar vidas, o Hospital de Guimarães já tratou doentes com o Remdesivir, um medicamento usado no tratamento de casos graves da Covid-19. "A nossa preparação tem sido não só do ponto de vista técnico, mas também farmacológica. Temos a possibilidade e o orgulho de dizer que somos dos hospitais do País que tem disponível uma das novas drogas que comprovadamente tem um efeito sobre a doença que é o Remdesivir. Já tratamos pacientes no HSOG com esse fármaco, ele está a ser gerido de uma forma muito criteriosa, não só pela empresa farmacêutica, mas também pelo Infarmed e só determinados casos tem acesso a ele", revelou durante a entrevista.
Marcações: Hospital de Guimarães, covid-19, Central de Monitorização para Unidade de Cuidados Intensivos, pedro cunha