Empresa de calçado de protecção fornece a linha da frente do combate à pandemia
A Lavoro, fabricante portuguesa de calçado de protecção de Guimarães, continua em plena laboração para o fornecimento de calçado daqueles que estão na linha da frente do combate à pandemia do novo coronavírus.
Profissionais de saúde, bombeiros, forças de segurança e trabalhadores de supermercados e da área da logística são os grandes focos da empresa. "Há sem dúvida nenhuma uma instabilidade significativa no mercado, mas há uma procura grande de equipamentos de protecção individual e o calçado insere-se nessa preocupação", refere o administrador da Indústria de Comércio de Calçado, Teófilo Leite.
O responsável adianta que a empresa está também a produzir com outras empresas viseiras para distribuição gratuita. "Estamos a colaborar com outras empresas locais na produção de viseiras, pois possuímos equipamentos de corte de última geração. As viseiras vão ser distribuídas gratuitamente às IPSS's, unidades de saúde forças locais", afirma.
A fábrica, localizada em Pinheiro, emprega mais de 200 trabalhadores e o administrador da Indústria de Comércio de Calçado assegura que a Lavoro está a tomar medidas preventivas para a evitar o contágio.
"A empresa adoptou um plano de contingência no final de Fevereiro que obedece a todas as normas da Direcção-Geral de Saúde. A empresa é essencialmente exportadora e estamos a trabalhar para dar todas as garantias aos trabalhadores. Por essa razão, os nossos colaboradores que estiveram nas feiras de Milão e de Madrid tomaram as devidas medidas de contingência, com a quarentena adequada e nenhum colaborador evidenciou até ao momento qualquer sintoma de vírus", referiu Teófilo Leite, acrescentando que a empresa "foi mais longe", com uma higienização dos locais de trabalho e controlo de temperatura na entrada dos trabalhadores. Os trabalhadores têm ainda de passar por um tapete que desinfecta o calçado no momento de entrada nas instalações da empresa. "São pequenas preocupações que se tem revelado muito importantes. Até ao momento não tivemos nenhuma evidência de contágio, embora não estejamos a salvo, pois ninguém está", explicou.
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