"Estamos num ambiente hospitalar, mas não somos pacientes"
Os três cidadãos vimaranenses que se encontram de quarentena em Lisboa, devido ao coronavírus, deverão regressar a suas casas no próximo sábado, dia em que está previsto o fim do período de isolamento voluntário.
Depois de terem sido repatriados da China, os vimaranenses foram encaminhados para o Hospital Pulido Valente, onde têm permanecido.
Em declarações ao Grupo Santiago, o técnico Luís Felipe revela que tem procurado manter a sua rotina diária, apesar de estar num ambiente hospitalar. "Acordo mais ou menos à mesma hora, faço os meus exercícios, tomo banho, almoço, descanso um pouco e depois temos de fazer algum trabalho no computador. À noite, temos um pequeno convívio até que chega a hora de dormir", disse, mantendo a vontade "cumprir aquilo que aceitamos fazer para que as pessoas estejam tranquilas".
Na companhia dos outros dois vimaranenses Miguel Matos e Luís Estanislau, Luís Felipe foi peremptório a afirmar que estava mais ou menos preparado para enfrentar o período de quarentena. "Sabíamos que vínhamos para esta situação, embora não sejam apenas estes dias. A maior parte das pessoas tiveram esta experiência em Whuan, no nosso caso, antes da viagem estivemos nove dias isolados nos apartamentos. Esta condição de isolamento é anterior a esta situação", afirmou, ao realçar que o grupo procura continuar, na medida do possível com as rotinas. "Colocaram alguns equipamentos para fazermos exercício físico e vamos mantendo o convívio e o trabalho, passando o tempo com a ajuda dos profissionais que nos acompanham, uma ajuda que tem sido valiosa", observou, indicando que já recebeu a informação de que repetirá as análises na próxima sexta-feira, de manhã. "Felizmente, ninguém está acamado, estamos confinados a um espaço, ninguém está doente!", insistiu, esperançado no regresso em breve a Guimarães.