PSD e CDS-PP renovam coligação "Juntos Por Guimarães" para as próximas autárquicas

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A coligação "Juntos por Guimarães" foi renovada esta segunda-feira para as próximas autárquicas, com Ricardo Araújo, do PSD, e Nuno Vieira e Brito, do CDS-PP, a assinarem o acordo eleitoral numa cerimónia que contou com a presença de Hugo Soares, cabeça de lista da AD, realizada em ambiente de campanha para as legislativas. Os dois partidos vão apresentar listas conjuntas à Câmara, Assembleia Municipal e a todas as freguesias do concelho de Guimarães.

No evento que decorreu ao final tarde no Centro Internacional das Artes José de Guimarães, os líderes das concelhias dos dois partidos mostraram a convicção de que a Coligação "está mais fortalecida", numa relação que se traduzirá num novo ciclo político para o Concelho.

Com as legislativas do próximo domingo no horizonte, Ricardo Araújo salientou que o triunfo da Aliança Democrática em Guimarães abrirá a porta para a sua conquista da presidência do Município, com um "acordo aberto a todos". "Queremos abrir a coligação aos independentes, uma coligação aberta a quem quer libertar Guimarães das amarras do poder socislista, para que Guimarães tenha mais crescimento e desenvolvimento", afirmou.

Fazendo questão de sublinhar que assumiu "ser deputado de corpo inteiro e ter como prioridade a defesa dos interesses de Guimarães", Ricardo Araújo destacou o apoio que recebeu do líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, aproveitando para "prestar contas" pela evolução que conseguiu em alguns dossiês, desafiando "o candidato do PS a fazer o mesmo, a dizer que o andou a fazer no último ano por Guimarães". E assinalou a sua intervenção com vista "à reabilitação do posto da GNR das Taipas", "a retirada da gaveta do projecto do Campus de justiça", "no acompanhamento da Unidade Local de Saúde do Alto Ave e articulação com o Ministro da Saúde para que o hospital da Senhora da Oliveira seja classificado como universitário", assim como o "comprometimento da Ministra da Cultura com o financiamento para a reabilitação da igreja de Santa Marinha da Costa e o padrão de D. João I".

"Renovamos uma parceria que espero que assinale um momento histórico para o concelho!", disse, acrescentando: "vamos ganhar as eleições legislativas e a seguir as autárquicas em Guimarães". "Ao fim de 40 anos à sombra do PS, quero Guimarães com futuro e para todos! Quero um concelho que seja bom para os jovens viverem, estudarem e trabalharem! Quero um concelho com ambição, que seja bom para os jovens e seniores.Quero fazer em Guimarães o que Luís Montenegro está a fazer no País", continuou, comprometendo-se a "reformular a concessão de transportes públicos contratada" e a reclamar a inclusão de Guimarães numa área metropolitana. "Guimarães não tem de ter medo. Temos de ter visão para estar ao lado dos nossos vizinhos. Estamos a perder centralidade, a ficar para traz, tem de reconquistar a capacidade de ter visão. Não quero uma única freguesia sem transporte público, a semana e ao fim-de-semana", vincou, num discurso em que lamentou a "incompetência do PS na construção de habitação e na criação de parques de acolhimento empresarial".

"Não queremos à frente do Município quem não serviu para presidente da junta de Caldelas", realçou, considerando "devaneios" projectos como os campos de ténis na Veiga de Creixomil e o metro de superfície. "Num concelho com forte tradição industrial, precisamos de novas indústrias de valor acrescentado. Queremos aumentar o salário médio dos vimaranenses", insistiu, sendo constantemente interrompido pelos aplausos dos apoiantes.

Já antes Nuno Vieira e Brito, do CDS-PP, lembrou a parceria estabelecida em 2013, com uma coligação que nas autárquicas deste irá protagonizar "um momento histórico para Guimarães". "Este momento é o confinar de uma estratégia, uma motivação, um percurso para mudar Guimarães, uma força para mudar Guimarães", argumentou, ao recordar o papel de António Monteiro de Castro na vereação, acusando as sucessivas maiorias socialistas de "falta de engenho e arte" para colocar o concelho na dianteira do desenvolvimento. "Esgota-se a imaginação numa política assistencialista", considerou, concluindo: "é um bom dia para começar a fazer história".

Na assinatura do acordo que renova a Coligação, Hugo Soares, cabeça de lista da Aliança Democrática pelo Círculo Eleitoral de Braga e líder parlamentar do PSD, enalteceu as qualidades de Ricardo Araújo, "um candidato que fala de Guimarães com uma alma, com um sentimento que demonstra aquilo que na política há de mais diferente: a vontade!" "O Ricardo sente Guimarães como poucos e quer muito ser presidente de Câmara e isso é meio caminho andado para lá chegar", sustentou.
Aproveitando o momento para indicar que na Assembleia da República, Ricardo Araújo "foi uma espécie de pica miolos na insistência para o estabelecimento de contactos com os membros do Governo, para puxar o que podia fazer por Guimarães", coube a Hugo Soares justificação da inclusão na lista da AD pelo Círculo Eleitoral de Braga nas legislativas do próximo domingo, ao revelar que o também candidato à Câmara de Guimarães manifestou o desejo de "aproveitar as legislativas para apresentar as suas propostas e aproveitar o tempo até às autárquicas para continuar a levar investimento para Guimarães".

Referindo-se ao facto de Ricardo Araújo ter mencionado a necessidade de olhar para os concelhos vizinhos, Hugo Soares observou: "Dizer não tenho de ter vergonha de olhar para Braga... É difícil dizer isso às vezes em Guimarães... olhar para Barcelos e Famalicão e ver o que os outros fazem de bem. Eu que sou de Braga, digo que gosto muito da minha Cidade. Eu sei que Braga vai ter de se pôr a pau porque quando o Ricardo for Presidente da Câmara, Guimarães tem condições para fazer bem ou melhor do que faz bem!"

Na cerimómia que encheu a sala do Centro Centro Internacional das Artes José de Guimarães, participaram destacados membros locais e nacionais dos dois partidos, como o vimaranense Rui Armindo Freitas, Secretário de Estado Adjunto da Presidência, cuja acção no que diz respeito à imigração e na resolução das pendências na AIMA foi em diversos momentos enaltecida.

No acordo autárquico, na lista à Câmara Municipal, compete ao PSD a indicação do primeiro candidato e ao CDS-PP a indicação dos candidatos a incluir na 3ª e 8ª posição da lista, sendo os outros lugares ocupados pelo PSD. Em caso de triunfo eleitoral, assegura-se que os vereadores do CDS-PP terão pelouros atribuídos.

No caso da lista à Assembleia Municipal, o PSD indicará o primeiro candidato, ao CDS-PP cabe indicar a 2ª posição da lista e ainda os representantes para as 7ª, 13ª, 19ª, 25ª, 31ª, 37ª e 43ª posição da lista.

Na organização das listas para as freguesias, a Coligação apresentará, caso a caso, como candidatos às juntas de freguesia, a solução que melhor salvaguarde os interesses da respectiva freguesia.

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