Vereadora do PSD quer celeridade na resolução dos problemas das escolas
A qualidade das refeições servidas nas cantinas é um dos muitos problemas que enfrentam diariamente as escolas do concelho de Guimarães.
Numa intervenção feita na reunião do Executivo vimaranense, a vereadora do PSD, Emília Lemos, lamentou as situações que diversos estabelecimentos de ensino enfrentam, apontando a falta de assistentes operacionais e a demora na resolução de pequenas situações que comprometem o bem-estar dos alunos.
"Sabemos do caso de uma escola onde a sanita de uma casa de banho adaptada esteve três semanas entupida, obrigando um aluno com mobilidade reduzida a recorrer às outras, obrigando as assistentes operacionais a um grande esforço e expondo o aluno a uma exposição constrangedora", afirmou, após ter enumerado várias situações relacionadas com as infraestruturas escolares degradadas e dificuldades de acesso à internet, "podendo vir a comprometer a realização das provas digitais do 4º ano".
No entender da representante social-democrata, o Município deveria ter operacionalizado "um plano para a reparação rápida dos problemas que surgem nas escolas", mostrando-se ainda preocupada com a falta de solução para o preenchimento de horários nas actividades de enriquecimento curricular na área de artes performativas, situação que se arrasta desde o início do ano lectivo. "Há cerca de 14 horários por preencher devido à rotatividade dos professores e sabemos que um dos horários nunca foi preenchido, existindo uma grande instabilidade na área educativa por causa da disparidade da oferta nas escolas", observou, questionando a maioria socialista se tem algum fundamento a informação de que no próximo ano lectivo o Município optará pela colocação de animadores sócio-culturais, "solução que a concretizar-se não garantirá a mesma oferta pedagógica".
A qualidade das refeições servidas nas cantinas escolares também mereceu o reparo da vereadora do PSD, sustentando que devem ser acionados mecanismos de fiscalização dos serviços prestados. "É inaceitável que as crianças sejam sujeitas a refeições pouco nutritivas e de má qualidade. Poderá ter sido uma situação pontual o que aconteceu com a omolete servida numa cantina e cuja imagem gerou a indignação da comunidade escolar", frisou, indicando que já chegaram várias queixas aos serviços municipais sobre a qualidade das refeições servidas nas escolas.
Dada a ausência na sessão de Adelina Pinto, vereadora com competências na área da educação, por encontrar-se no Brasil, no Rio de Janeiro, a representar Guimarães numa reunião da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), o Presidente da Câmara indicou que na próxima reunião a responsável fará uma apresentação sobre "o estado da arte".
Domingos Bragança insistiu que "Guimarães é uma referência na educação", reconhecendo que a refeição em causa "não deveria ter sido servida". "A vereadora da educação tem reunido com as direcções dos agrupamentos, com as associações de pais, com a estrutura técnica do Município e com a empresa responsável pela prestação do serviço. Sei que está a ser feita uma avaliação e serem tomadas medidas para que tal não volte a acontecer e seja melhorado o serviço", assinalou Domingos Bragança, ao sustentar que o Município exigirá que as refeições servidas nas escolas sejam "saudáveis e nutricionalmente equilibradas".