Falta de recursos humanos de artes performativas nas AEC cria 'buraco' no horário escolar
A Vereadora do PSD questionou, esta segunda-feira, o executivo socialista sobre a ausência do Programa das Actividades de Enriquecimento Curricular no 1.º ciclo do ensino básico (AEC) em algumas escolas de Guimarães. Falando antes do período da ordem do dia da reunião do executivo vimaranense, Emília Lemos defendeu que as AEC de artes performativas não têm sido asseguradas, criando desigualdades entre os alunos e obrigando técnicos auxiliares a ocupar o tempo dos alunos.
"Há falta de professores e técnicos nestas áreas e, por essa razão, há alunos que têm AEC e outros que não. Esta situação cria desigualdades entre alunos. Já no ano lectivo anterior houveram problemas similares. Nessa altura deviam ter providenciado novas valências. É um problema que vai continuar até ao fim do ano lectivo", alertou a Vereadora da oposição, defendendo que as escolas deviam providenciar "outras áreas de interesse", estabelecendo protocolos com outras entidades para prestar o "serviço".
Na resposta, a Vereadora da Educação assumiu que há 20 horários em falta no que diz respeito às artes performativas. Adelina Pinto sublinhou que o Município está a tentar resolver a questão, explicando que a falta de recursos humanos agrava a situação.
"Para mim faz todo o sentido existirem artes performativas. É uma falha enorme não ter no currículo. Não só pelo contexto de sala de aula, mas pela oportunidade de ir a espetáculos. Temos tido vários problemas, com a falta de professores. Vimos que os professores que tínhamos começaram a arranjar horários, deixando as AEC, que é um trabalho muito precário. Nós não temos uma resposta para uma área tão grande. Continuamos a apostar nas artes performativas e incluímos as artes plásticas. A Oficina está a tentar contratar mais pessoas para colmatar esta necessidade. Preocupa-me porque as escolas do centro da cidade têm asseguradas artes performativas e as da periferia são as que sentem mais", explicou a Vereadora da Educação.
Adelina Pinto acrescentou que o Município de Guimarães tentou ainda estabelecer um protocolo com a Escola de Artes Performativas, da Universidade do Minho, mas 'esbarrou-se' no horário estabelecido para as AEC. "Entre as 15h30 e as 17h30 os alunos estão em aulas. Tentamos também fazer protocolo com a Escola de Artes Visuais e a resposta foi a mesma. Estamos a tentar encontrar respostas com outras entidades. Não é uma situação fácil, pois temos 58 escolas e milhares de alunos", sustentou.
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