Cabeça de lista da CDU ao Parlamento Europeu passou por Guimarães
O cabeça de lista da CDU às eleições para o Parlamento Europeu esteve hoje em Guimarães para participar numa «Tribuna Pública» realizada no Largo do Toural. Subordinada ao tema «Envelhecer com dignidade, Mais Saúde, Melhores Pensões», João Oliveira falou dos direitos dos reformados, que afecta "milhões de portugueses", sejam eles "pensionistas ou aqueles que amanhã serão". "O direito a ter uma vida digna depois de uma vida de trabalho é uma luta pela democracia, porque a democracia faz-se com a justiça social. No acesso à saúde, nas condições de habitação, no acesso ao desporto ou no direito ao transporte. Não há um país democrático se os pensionistas não tiverem os direitos assegurados", apontou.
O comunista deixou críticas aos privados que se "alimentam" dos "direitos sociais" como "amplos campos de negócios que podem ser explorados", bem como às políticas europeias. "Quando na União Europeia encontramos orientações no sentido da contenção de salários e de pensões em nome do combate à inflação, estas são imposições contra os os nossos pensionistas. Quando recebemos orientações para a privatização dos sistemas de segurança social e a transformação segurança social pública em fundos de pensões privados para acumular lucros, estas são indicações contrárias ao povo portugues. Quando temos orientações do favorecimento dos grupos económicos da saúde e desmantelamento do serviço público, estas são orientações contra os portugueses", sublinhou.
A vimaranense Mariana Silva da CDU evidenciou uma situação de pobreza nos pensionistas, sublinhando que esta questão afecta "todo país e Guimarães". "Os indicadores de pobreza em Portugal venciam a necessidade de corrigir as assimetrias de rendimentos que existem entre os cidadãos. Situação que acaba por penalizar muito os mais idosos. A realidade do nosso país esta longe de garantir uma vida digna para todos os idosos, encontrando-se uma parte considerável em situação de carência e pobreza. Três fatores convergem para esta situação: por um lado, as opções de sucessivas do Governo numa política assente em baixos salários; por outro lado, a destruição de uma parte do aparelho produtivo, que levou muitos a ficar sem empregos, sendo demasiado novos para a reforma, mas demasiado velhos para trabalhar, sofrendo grandes penalizações na reforma; por último, a descriminação estrutural das mulheres trabalhadores, que têm salários mais baixo e logo reformas mais baixas", elencou.
Marcações: CDU, João Oliveira