CDU preocupada com "histórico défice" de habitação em Guimarães

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A CDU está preocupada com o "histórico défice de habitação" que se regista em Guimarães. A afirmação foi proferida pela deputada Municipal da CDU, por Inês Rodrigues, no comício organizado por aquela Coligação no Jardim da Alameda de S. Dâmaso.

Inês Rodrigues destacou que "faltam casas para arrendar e mesmo as construídas para venda não satisfazem as necessidades. Em consequência, as rendas são insuportáveis para quem vive com os salários-mínimos da têxtil e afins, ou com as baixas reformas". Trata-se de um problema cuja resolução não pode "continuar à espera de uma solução mágica do mercado, como maioria municipal do PS tem feito, mas sim intervir com mais habitação pública, com a reabilitação das casas degradadas e colocando-as à disposição da população, de quem vive do seu trabalho e ainda assim não consegue ter uma casa, em consequência da especulação, dos baixos salários e reformas de miséria".
"É necessário que a Câmara dinamize uma política municipal de habitação capaz de dar resposta aos diversos segmentos da procura”, destacou a Deputada Municipal que também falou de problemas de mobilidade sentidos em Guimarães.

“Exigimos a municipalização dos transportes públicos de Guimarães, único modelo de gestão que possibilita uma intervenção camarária de acordo com as conhecidas necessidades de transportes mais baratos, mais confortáveis e fiáveis, mais frequentes e mais pontuais, alargados a todo o Concelho", afirmou.
Mariana Silva, membro da Comissão Executiva do Partido Ecologista Os Verdes, também interviu para denunciar que "em tempos de crise climática os projectos delapidadores usam causas supostamente ambientais e termos apelativos, como, transição energética, descarbonização da economia, economia circular, entre outras, para nos convencer da benevolência das suas novas oportunidades de negócio e para fugirem a responder às exigências e regras de proteção ambiental, para, assim os seus projetos avançarem mais fácil e rapidamente” afirmou.

O comício encerrou com a intervenção de Margarida Botelho, do Secretariado do Comité Central do PCP que sublinhou "o agravamento das injustiças bem patente no facto de 42% da riqueza estar concentrada nos 5% mais ricos e do facto da banca realizar todos os dias 11 milhões de euros de lucros em contraste com o aumento do custo de vida e baixos salários".


Marcações: CDU, comício

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