CDU critica proposta de Plano e Orçamento do Município para 2023
A CDU considerou que a proposta de Orçamento e Plano de Actividades do Município de Guimarães para 2023, que será discutida e votada sexta-feira na Assembleia Municipal, demonstra uma gestão "incompetente, cansada, sem ambição e eleitoralista", assumindo o voto contra.
Em conferência de imprensa, realizada ontem, onde marcaram presença Torcato Ribeiro e Mariana Silva, a Coligação defendeu que esta é uma proposta de "continuidade".
Torcato Ribeiro acredita que o Município se devia preocupar com propostas concretas para quatro áreas, concretamente a habitação, a mobilidade, o ambiente e as consequências da transferência da administração central para a Administração Local da Educação e da Acção Social.
"Preocupa-nos que não se tenham encontrado mais e melhores soluções para o problema da habitação que sabemos ser um problema em todo o País, e que em Guimarães apesar de se intensificar nos últimos anos, foi sempre uma questão de preocupação para os seus habitantes. Falta e vai continuar a faltar habitação a preços acessíveis e a construção de uma política de habitação Municipal verdadeiramente social e equilibrada", apontou.
Os comunistas sublinham que a proposta não responde às necessidades de mobilidade, pois continua "sem apostar na criação de novos hábitos, sustentáveis, das gerações mais jovens que, à semelhança de outros municípios, poderiam circular em todo o Concelho aos fins-de-semana e nas interrupções lectivas".
A CDU lembra ainda a "velha questão" do alargamento do Centro de Recolha Oficial de Animais (CRO) que surgiu orçamentado em 2018 em 340.000 euros e "como por opção política se foi adiando a obra está agora orçamentado em 2.325.000". "É necessário a concretização da obra, os animais errantes e a forma como são acolhidos não podem continuar a ficar para segundo plano, mas a previsão da conclusão da obra é para 2027 o que demonstra bem que continuaremos sem solução deste problema", lembrou.
Torcato Ribeiro frisou também que é "importante desmistificar a questão de estarmos perante o Orçamento mais elevado de sempre". "O executivo camarário de maioria PS disporá de um Orçamento de 145,8 milhões que inclui os valores associados à transferência de competências da administração central para a administração local. A CDU sempre se colocou contra esta transferência e contra a forma como foi feita porque consideramos que cabe à Administração Central assegurar que todos os cidadãos tenham iguais oportunidades e acesso aos direitos políticos, económicos e sociais. Só com políticas nacionais podemos dar esta garantia", assumiu.
A CDU vai votar contra este Orçamento que considera que "podia ser mais ousado".
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