Câmara de Guimarães desiste do Centro Comercial Santo António

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O Município de Guimarães desistiu do interesse em adquirir o edifício do Centro Comercial Santo António, onde pretendia instalar os serviços da Loja do Cidadão.
A decisão foi assumida esta quinta-feira durante a reunião do Executivo vimaranense pelo Presidente da Câmara, ao responder a uma intervenção feita no período antes da ordem do dia pelo vereador Bruno Fernandes, do PSD.

O representante social-democrata aproveitou a sessão para efectuar uma reflexão sobre o comércio e actividade empresarial do concelho, mostrando-se preocupado com o "número de lojas que estão fechadas" na Rua de Santo António, na Rua Gil Vicente e na Rua Paio Galvão. "O comércio é um sintoma do pulsar económico, um indicador do estado da arte no concelho", afirmou, ao questionar: "o que é que o Município tem feito para conhecer esta realidade?".

Ao reagir à intervenção, o Presidente da Câmara considerou que existe especulação nos preços praticados em Guimarães. "Tenho recebido comerciantes e prestadores de serviços que têm dificuldades em encontrar espaços para o desenvolvimento de actividades ligadas ao comércio e serviços; há empresários que enfrentam acções de despejo porque terminaram os seus contratos e os proprietários não estão interessados na sua renovação", afirmou Domingos Bragança, durante a sessão, exemplificando com o processo de aquisição do espaço dos imóveis do Centro Comercial de Santo António.

"A Câmara de Guimarães quis comprar o edifício da Rua de Santo António para a Loja do Cidadão", apontou, dizendo que "esse processo já acabou". "O Município não teve resposta positiva à proposta. Se os proprietários acham que conseguem melhores preços e melhores funções para aquele imóvel... porque há uma expectativa de conseguirem um valor superior ao que a Câmara tem para oferecer em função da avaliação... A Câmara investirá numa outra solução", avançou o Autarca.

No final da reunião, o Presidente da Câmara justificou a decisão, alegando que "o Município ofereceu um preço, que resultou da avaliação dos peritos, um preço a meu ver alto, mas os proprietários do imóvel - pelo menos dois deles - não responderam de uma forma afirmativa, o que significa que eles com toda a legitimidade têm melhores propostas ou projectos para o futuro. Assim, a Câmara não vai estorvar os projectos dos proprietários desta loja da Rua de Santo António e vai passar para os seus edifícios públicos, nas imediações da sede do Município, que precisam de ser reabilitados". "O programa funcional está a ser definido e vamos instalar aqui a loja do cidadão", assinalou o Autarca, ao dar conta que o valor proposto para a aquisição do total das fracções para a loja do cidadão da avaliação dos imóveis ronda os dois milhões 197 mil euros.

Marcações: Executivo Municipal, Centro Comercial de Santo António, instalação da Loja do Cidadão

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