Assembleia Municipal de Guimarães aprovou o reconhecimento público para a concretização da via de acesso ao Avepark

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A construção da via dedicada ao Avepark é uma opção técnica para resolver o problema da mobilidade na zona Norte do concelho de Guimarães. A Vereadora do Planeamento e Gestão Urbanística, Ana Cotter, justificou ontem o investimento como sendo uma oportunidade excepcional, durante a sessão da Assembleia Municipal de Guimarães, em que foi aprovado por maioria o reconhecimento público para a concretização da via de acesso ao Avepark, entre as freguesias de Ponte e Barco, para instruir os processos de autorização de ocupação de solo classificado como Reserva Ecológica Nacional e Reserva Agrícola Nacional.

"Estamos com oportunidades excepcionais e não podemos desperdiçá-las", disse, respondendo às intervenções feitas por deputados do PSD, CDS e Bloco de Esquerda. "Dizem que é uma opção política, mas é também uma opção técnica", continuou, considerando que as "constantes entradas e saídas das vias" principais resultam em "grandes problemas" de "conexão com os concelhos limítrofes".

Na apreciação da proposta, André Casalta, do PSD, justificou a divergência do seu partido, reiterando a defesa da requalificação da EN 101, ao argumentar que a solução de construção de uma via dedicada "é uma opção política", apelando a que o "processo seja ponderado, planeado e acompanhado", sem descurar o potencial de crescimento do concelho e o tráfego associado para que o resultado final do projecto não repita erros como o do desnivelamento de Silvares".

O CDS também votou contra. O deputado Paulo Peixoto vincou a discordância com o investimento, "uma opção política", considerando "completamente indefensável o projecto do ponto de vista ambiental". "O Executivo esqueceu-se das suas prioridades e das suas bandeiras em termos de ambiente", afirmou.

Os factores ambientais também foram invocados no voto contra do Bloco de Esquerda, com a deputada Sónia Ribeiro a pedir ao Executivo explicações sobre as metas pretendidas para o Município, "aquelas que realmente contam para a melhoria da qualidade de vida dos municípes". "O desígnio de Guimarães Capital Verde Europeia é ainda desejado e possível?", perguntou.

Hugo Teixeira, do PS, defendeu a construção desta alternativa de mobilidade para a melhoria dos acessos ao Avepark "para cumprir todo o seu propósito na garantia de atractividade ao sector tecnológico e industrial", acrescentado que "à medida que o projecto avança estão garantidas as condições para que se coloquem em prática no futuro outras melhorias de acessibilidade a toda a zona norte do Concelho, inclusivé os resultados apontados no estudo com uma possível instalação futura do BRT, como metro de acessibilidade na EN 101".

Com Domingos Bragança ausente na sessão, Adelina Paula Pinto, na qualidade de Presidente da Câmara em Exercício na sessão, vincou que a via do Avepark será construída com preocupações ambientais, considerando inviável a requalificação da EN101 "neste tempo" como alternativa ao projecto. "A EN 101 é uma via urbana e tem de ser cada vez mais capaz de responder às populações e a outra será de passagem para o Avepark e para servir a zona norte do Concelho", frisou, garantido que a actuação do Município terá em conta "cautelas e cuidados" em defesa do ambiente.

Na sua declaração de voto, o deputado Pedro Ribeiro, justificou o voto contra da CDU por não considerar a via dedicada como a melhor solução para a melhoria da acessibilidade aquela zona do Concelho.

A reconhecimento público para a concretização da via de acesso ao Avepark para instruir os processos de autorização de ocupação de solo classificado como Reserva Ecológica Nacional e Reserva Agrícola Nacional foi aprovado por maioria na Assembleia Municipal, com os votos favoráveis do PS, Chega e Iniciativa Liberal, merecendo os votos contra dos deputados do PSD, CDS, CDU e Bloco de Esquerda.

Marcações: Assembleia Municipal de Guimarães, via dedicada ao Avepark

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