Concelhia do PS expressa votos de pesar pela morte de Mário Soares

A Concelhia de Guimarães do PS emitiu um comunicado em que exprime "votos de pesar" pela morte de Mário Soares, o Chefe de Estado que fez a primeira «Presidência Aberta» em Guimarães, em 1986.

O documento assinado pelo líder da Concelhia, Armindo Costa e Silva, realça que "Mário Soares teve sempre com Guimarães e com os socialistas vimaranenses uma particular relação de afecto e solidariedade política". "Lembrou sempre os inigualáveis comícios que na nossa cidade viveu desde 1975, e particularmente o comício de 1980 no Pavilhão do INATEL de onde saiu um impressionante desfile de mais de uma dezena de milhares de manifestantes que ele descreve nos seus livros de memórias. Foi em Guimarães que realizou a sua primeira “Presidência Aberta” em 1986, poucos meses após a sua primeira eleição para Presidente da República, através da qual o país conheceu Guimarães pelo acompanhamento televisivo dessa presidência, uma novidade na vida política de há trinta anos", indica o documento.

"Os vimaranenses, como todos os portugueses e democratas em todo o mundo, sentem luto e dor com a notícia, de alguma forma previsível, do falecimento de Mário Soares, fundador do Partido Socialista, ministro dos primeiros governos provisórios nomeados a partir de abril de 1974, o primeiro Primeiro-Ministro eleito em democracia, cargo que exerceu de 1976 a 1978 e de 1983 a 1985, Presidente da República entre 1986 e 1995", acrescenta.

"O povo português sabe que deve a Mário Soares a consolidação da democracia que nos governa há 42 anos. Muitos mais, como Mário Soares, lutaram por ela durante as décadas anteriores a 25 de abril de 1974. Nesse dia deve-se aos militares de abril a sua coragem para por termo à ditadura de Salazar e Marcelo Caetano", sustenta o comunicado da Concelhia socialista, precsando que foi em nome dos "valores universais da liberdade e democracia que Mário Soares "definiu como objetivo central dos seus governos, e concretizou, a adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia (CEE), hoje União Europeia, expressando sempre tal como condição de consolidação democrática e desenvolvimento económico".

"Hoje, decorridos 42 anos, numa sociedade onde a maioria da população já cresceu e se formou em democracia, em que a liberdade é uma realidade quotidiana, os democratas reconhecem a importância crucial de Mário Soares na formação dos valores que modelam a nossa sociedade. Na hora em que nos deixa uma das maiores figuras do Portugal do século XX, o PS/Guimarães curva-se perante a sua memória e agradece-lhe o legado que nos transmitiu", expressa o comunicado.

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