Subsídio de 16 mil 600 euros para obras na Casa de Sarmento

O Executivo vimaranense aprovou por unanimidade a atribuição de um subsídio no valor de 16 mil 600 euros para intervenções urgentes a realizar na Casa de Sarmento.

O imóvel onde viveu o arqueólogo Martins Sarmento, localizado no largo com o seu nome existente no centro de Guimarães, encontra-se bastante degradado.

Durante a discussão da proposta, o Vereador do PSD, André Coelho Lima, defendeu que a Câmara de Guimarães deveria assumir a requalificação daquele edifício, classificando de "ligeira" a proposta, alegando que "o Município é co-responsável pela utilização que levou ao estado actual do edifício". 

"Nessa medida, as suas responsabilidades de reabilitação são maiores do que noutras situações", apontou, ressalvando que o Executivo tem aprovado a atribuição de comparticipações "a associações privadas vimaranenses na reabilitação dos seus edifícios em várias dimensões". 

"Aqui, há uma maior responsabilidade porque teve aquele edifício a seu cargo durante mais de 50 anos.  E quando o entregou, o edifício já estava no estado em que está. Por isso, há uma responsabilidade maior daquela que existiria em circunstâncias normais", lembrou, considerando que "qualquer inquilino tem o dever de entregar o espaço arrendado em condições iguais às que encontrou quando o recebeu". "Não foi o que aconteceu com o Município, o que traz maiores responsabilidades para essa reabilitação", observou André Coelho Lima, reconhecendo que "devem ser usados fundos comunitários para isso, assim como uma participação da instituição que é detentora do edifício".

Reagindo à intervenção do Vereador do PSD no decurso da discussão, o Presidente da Câmara disse: "o Município não se pode substituir às instituições". "Vamos ver o que podemos fazer. Queremos instalar ali a Unidade Cultural da Universidade do Minho", referiu Domingos Bragança.

No final da reunião, o Vice-Presidente da Câmara considerou que a orientação do PSD durante a discussão extravasou o âmbito da proposta. Amadeu Portilha indicou que a atribuição do subsídio corresponde a uma preocupação da Sociedade Martins Sarmento, lembrando que a Câmara "já fez obras que beneficiaram a instituição na ordem dos 435 mil euros".

Os vereadores António Monteiro de Castro e José Torcato Ribeiro não participaram na discussão e na votação da proposta por pertencerem ao corpo directivo da Sociedade Martins Sarmento.

Marcações: Política

Imprimir Email