Deputados rejeitam moção de censura do PP à gestão socialista

A Assembleia Municipal rejeitou a moção de censura à gestão socialista do actual mandato, apresentada pelo Partido Popular. A moção foi rejeitada com 88 votos contra do PS, CDU e PCTP MRPP na reunião extraordinária realizada esta segunda-feira. Os votos a favor do PP e PSD foram insuficientes para aprovar a moção, numa votação onde se registaram ainda 5 abstenções. Apesar da votação, o PP reiterou a existência dos factos que estiveram na base da moção, nomeadamente contratos sem concursos públicos e contratação de assessores à margem da lei.
O PSD contestou fortemente a forma como a Mesa dirigiu os trabalhos,
elegendo esse como o facto histórico da reunião. "O PSD não esquecerá que foi impedida de discutir esta moção", afirmou Paula Damião.
A CDU não chumbou a gestão municipal socialista, por várias razões
como esclareceu Manuel Pinto.
"É uma moção despropositada, de contornos indefinidos já que não faz acusações concretas nem se indicam práticas dolosas".
Por seu turno, o PS que apenas fez a intervenção final, condenou a postura política do PP por ter apresentado a moção de censura. "Ficamos com dúvidas se isto era coisa séria ou se foi a forma de ocupar mais tempo na comunicação social", disse Martins Soares.
Refira-se que a Câmara abdicou de intervir na sessão, no final da qual, o
Presidente da Mesa convocou uma conferência de imprensa para refutar a acusação do PP de ter tudo uma postura de conluio com o PS. Questionado sobre a forma como conduziu os trabalhos, Mota Prego assumiu a subjectividade da sua postura e reconheceu apenas um erro na condução dos trabalhos quando interrompeu "intempestivamente" a deputada do PSD Paula Damião.

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