VÍDEO: Executivo desafiado a classificar S. Torcato como capital municipal de cultura popular

O Presidente da Junta de S. Torcato defendeu a classificação de S. Torcato como capital municipal de cultura popular. O repto foi lançado durante a quarta reunião descentralizada do executivo vimaranense realizada, esta quinta-feira, no Pavilhão Gimnodesportivo de S. Torcato.

Um grupo da Escola de Concertinas do Centro Recreativo, Cultural e Artístico de São Torcato abriu a reunião da vereação municipal, seguindo-se as boas-vindas do Presidente do Agrupamento de Escolas de S. Torcato, António Sousa, e a intervenção do Presidente de Junta de Freguesia. 

Bruno Fernandes aproveitou a ocasião para lançar o desafio ao executivo para classificar a vila de S. Torcato como “capital municipal de cultura popular”. O autarca sustentou que naquela localidade “vive-se a cultura de uma forma especial”, deixando o repto para em 2016 a autarquia defina uma programação cultural condizente com a raiz identitária da vila. O Presidente da Câmara registou a ideia e prometeu estudar a proposta.
Nesta sessão da iniciativa «Câmara Aberta», o Chefe de Divisão de Estudos e Projectos, Artur Côrte-Real apresentou o programa funcional da obra de reabilitação da Escola EB 2, 3 de S. Torcato. 

O Presidente da Câmara anunciou que a Autarquia compromete-se a elaborar o projecto, mas a obra só avança com a garantia de financiamento comunitário. “A intervenção nas EB 2, 3  não é da responsabilidade da Câmara, porque as grandes reparações - superiores a 20 mil euros - são da competência do Governo. O mesmo acontece nas Taipas e Pevidém. A Câmara está a assumir o projecto, a candidatura a fundos europeus, e se o Ministério da Educação não avançar com a obra, a assumir a componente nacional de 20 por cento? Só podemos avançar para a beneficiação se houver aprovação de candidatura europeia”, afirmou, sustentando  que o parque escolar ao nível das escolas EB 2, 3 “está mal e Guimarães não quer isso”. Domingos Bragança manifestou a esperança de que no final do próximo ano seja aberto o concurso para a execução da obra que poderá ficar concluída em 2016.

O Vereador do CDS, Antônio Monteiro de Castro, felicitou o anúncio da intervenção naquele edifício, “de muito boa qualidade de construção, com forte robustez e que apresenta algumas patologias”, aproveitando para declarar que a comunidade escolar deve ser ouvida para evitar os problemas do passado, como os registados na EB 2, 3 João de Meira. 

No período antes da ordem do dia, o Vereador do PSD, André Coelho Lima, adiantou que em S. Torcato “sente-se e respira-se Guimarães, como em nenhum outro local”. “ Aprendi muito a ser vimaranense em S. Torcato”, disse, enaltecendo a terra que tem “um movimento associativo forte” e com um o envolvimento popular que ficou expresso na votação do Orçamento Participativo. O representante do PSD insistiu que dado que só foram aprovadas propostas no valor de 225 mil euros, “os restantes 775 mil euros possam ser distribuídos pelas freguesias do Concelho e sejam um reforçadas as finanças das freguesias”.
Em matéria de acessibilidades, defendeu a repavimentação da ligação de S. Torcato até Rendufe por Segade, assim como a criação de aparcamento na zona envolvente ao cemitério. 

A Vereadora do PSD, Helena Soeiro, considerou que, na EB 2, 3 de S. Torcato “sente-se em casa”. “É uma escola especial e quem se afasta sente a sua falta”.
O Vereador da CDU, José Torcato Ribeiro, elogio a ideia defendida pelo Autarca de S. Torcato, por corresponder ao que pensa da freguesia. “S. Torcato é um exemplo. Podemos e sabemos preservar aquilo que nos identifica... S. Torcato no contexto do concelho é a casa da memória que congrega elementos de apego a terra”. 

Assinalou o caso da Rua do Assento como sendo paradigmático da importância de zelar pela identidade do património edificado nas vilas e freguesia, considerando que faz sentido “redesenhar caminhos no triângulo - santuário, fonte do santo e mosteiro”. 

A vereação aprovou por unanimidade a atribuição de votos de pesar pelas mortes de José Vale, Presidente da Delegação de Guimarães da Cruz Vermelha, e do empresário Cândido José Rodrigues.
Da ordem de trabalhos, a proposta que mereceu mais discussão foi a relativa ao recurso para o Plenário da Câmara Municipal de um pedido de licenciamento de uma obra na freguesia de Atães. A maioria socialista aprovou a proposta, com os votos contra dos vereadores do PSD, CDS e CDU. 

A próxima reunião descentralizada terá lugar na vila de Lordelo, no primeiro trimestre de 2015.


Marcações: Política, Video

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