VÍDEO: Unanimidade no diploma da extinção da Fundação Cidade de Guimarães
O executivo vimaranense aprovou por unanimidade a proposta de pronuncia favorável do Município ao projecto de diploma da Secretaria de Estado da Cultura para a extinção da Fundação Cidade de Guimarães.Na discussão da proposta, o Presidente da Câmara revelou que o processo negocial não correu como esperado, fazendo alusão à reunião mantida com o Secretário de Estado da Cultura, em que o governante pretendia que a autarquia vimaranense assumisse unilateralmente as indemnizações a pagar caso seja essa a decisão judicial.
No dia em que foi conhecida a decisão do Tribunal da Relação que atribuiu à ex-administradora da Fundação Cidade de Guimarães, Carla Morais, o direito a indemnização por ter sido destituída de funções, o Vereador do PSD considerou que a extinção da entidade responsável pela organização da Capital Europeia da Cultura fica ensombrada pela disputada judicial. André Coelho Lima lembrou que o anterior Presidente da Câmara assumiu que a Câmara de Guimarães não pagaria o que Cristina Azevedo pedia. O que ensombra esta decisão tem um ónus de 800 mil euros, afirmou.
Ao comentar a decisão do Tribunal da Relação, o Vereador da CDU, José Torcato Ribeiro, lembrou o alerta deixado pelo seu partido, considerando que este é o preço a pagar pela obscenidade permitida com a atribuição de salários tão elevados aos membros do Conselho de Administração da Fundação Cidade de Guimarães.
O Presidente da Câmara garantiu que a decisão do Conselho Geral da Fundação Cidade de Guimarães de destituir Cristina Azevedo e Carla Morais foi tomada em boa hora e o êxito de «Guimarães 2012» veio a confirmar que foi uma boa decisão.
No período antes da ordem do dia, o Vereador do PSD Ricardo Araújo apontou o que considera ser a desorientação estratégica em torno do Centro Internacional das Artes José de Guimarães e da Plataforma das Artes e da Criatividade. O representante social-democrata assinalou a fraca afluência àquele espaço em 2013 e questionou o modelo de gestão para aquele espaço, à luz do estudo de sustentabilidade financeira elaborado por Augusto Mateus e revelado pela actual maioria socialista.
Na reacção, o Vereador da Cultura, José Bastos, disse que o Estado não pode demitir-se das responsabilidades assumidas com Guimarães com a Capital Europeia da Cultura. À semelhança do que acontece com o Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e com a Casa da Música, no Porto, a Plataforma das Artes também deve ter apoio estatal.
O Vereador da CDU, José Torcato Ribeiro, mostrou-se preocupado com a degradação da Rua de Francos, em Azurém, observando que existe ali uma anarquia que precisa de ser corrigida atendendo à presença de edifícios do campus de Azurém da Universidade do Minho.
Confrontado com a questão, o Presidente da Câmara revelou que toda aquela zona será alvo de uma intervenção, abrangendo a Rua 24 de Julho e a Rua de S. Torcato.