MP vai investigar factos que levaram à detenção de 48 adeptos do Vitória no Porto

O Ministério Público vai investigar os acontecimentos que culminaram com a detenção dos 48 adeptos do Vitória no passado sábado, antes do início da partida frente ao FC do Porto, nas imediações do Estádio do Dragão.

Ao contrário do que estava previsto, os adeptos do Vitória, detidos no passado sábado pela PSP, não foram sujeitos a julgamento sumário esta tarde, no Tribunal do Porto.
Em declarações ao Grupo Santiago o advogado vimaranense Pedro Miguel Carvalho que representa os detidos, salienta a decisão do Ministério Público considerando que "não há matéria que prove a acusação contra os adeptos do Vitória".
"O que aconteceu foi que os adeptos do Vitória que se deslocavam para o Estádio do Dragão foram atacados com pedras e garrafas por parte de adeptos do Porto", afirmou.
Ainda de acordo com Pedro Miguel Carvalho, a actuação da PSP deixa perceber uma conduta determinada por "clubite".
"O que aconteceu foi que a PSP realizou um trabalho discriminatório porque não identificou nem deteve nenhum das pessoas agressoras", salientou.
Pedro Miguel Carvalho espera que o processo seja arquivado, salientando que os adeptos do Vitória que se encaminharam para o estádio do Dragão, foram vítimas de uma ataque por parte de apoiantes do Porto e "não foram protegidos".

O Grupo Santiago sabe que o advogado Pedro Miguel Carvalho pondera apresentar uma queixa crime contra um dos agentes da PSP por agressão a um dos adeptos do Vitória já depois de estar detido. O adepto em causa teve de receber assistência hospitalar.


Marcações: adeptos, Dragão, Estádio

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