Inaugurada Casa Mortuária "disruptiva" de Sande Vila Nova

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A Casa Mortuária de Sande Vila Nova foi inaugurada. O projecto que foi financiado pela Câmara Municipal de Guimarães, em mais de 60%, e que teve início no anterior mandato, deu origem a uma infraestrutura importante e necessária para a freguesia.

Nas intervenções protocolares, o Presidente da Câmara, Domingos Bragança, salientou a natureza dos projectos de arquitectura pública "disruptivos", dizendo que provocam estranheza no início, mas que, mais tarde, acabam por ser bem aceites. A referência vem a propósito do projeto realizado pelo arquitecto Filipe Vilas Boas, inspirado no mamífero americano tatu, que tem uma carapaça constituída por escamas sobrepostas, e que, a partir de agora, será um espaço que o presidente da Câmara considera “muito importante e necessário”, para que o luto dos entes queridos que partem possa ser feito nas condições materiais mais adequadas. O Edil fez notar a beleza de todo o entorno, que possui uma zona ajardinada, que dialoga com a igreja e com o cemitério. “Continuaremos a fazer este tipo de investimentos, pois são muito necessários”, concluiu.

Tiago Rodrigues, presidente da União de Freguesias de Sande Vila Nova e Sande São Clemente, disse que a freguesia “ansiava por este equipamento”, agradecendo à Câmara Municipal de Guimarães, ao anterior presidente de Junta, Bruno Falcão, e a todos os que trabalharam na obra. Para o Presidente da UF, a natureza polissémica do edifício presta-se a outras utilizações.
Filipe Vilas Boas, responsável pelo projecto de arquitetura, referiu ter-se inspirado na ideia de um útero e com a pergunta “o que acontece depois da morte?”. O trabalho conceptual recorreu a uma morfologia disruptiva e apresenta linhas interiores que convergem em direção de quem partiu, dando a ideia de uma “pele” que pretende transmitir a ideia de “outra vida”.


Marcações: capela mortuária

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