Concurso para reabilitação dos fornos de olaria da Cruz de Pedra ficou "deserto"
Ficou deserto o concurso para a reabilitação dos fornos de olaria da Cruz de Pedra. O procedimento lançado pela Câmara de Guimarães para a execução da obra tinha o preço base de 598 mil 854 euros, sendo o prazo de execução de 240 dias, mas a empreitada não foi adjudicada pelos serviços do Departamento de Obras Municipais.
Numa intervenção no período antes da ordem do dia, na reunião do Executivo vimaranense, o Vereador do PSD lamentou mais "este atraso", indicando que a situação resulta de "ausência de propostas". "Os interessados apresentaram o argumento de o preço base ser inferior ao preço de mercado para a execução da empreitada", observou Ricardo Araújo, afirmando: "custa perceber como é que ao fim de tanto tempo isto acontece". "Manifestamos o nosso descontentamento por ver isto acontecer", acentuou, ao lembrar que a reabilitação dos fornos de olaria foi "um compromisso assumido várias vezes pelo Presidente da Câmara". "Em 2017, o projecto foi apresentado com pompa e circunstância no local. Passados quatro anos nada aconteceu", comentou, mostrando "a admiração por ver o procedimento cair no vazio por ausência de propostas dos concorrentes".
Na resposta, o Presidente da Câmara confirmou que o concurso "ficou deserto". "Ninguém aceitou. Temos mais de uma dezena de projectos assim. Temos de fazer a revisão dos preços", disse Domingos Bragança, admitindo que "tem feito pressão nos serviços e o procedimento concursal voltará a ser aberto brevemente com um novo preço base". "Todas as empresas interessadas propuseram um preço superior ao valor base do concurso", acrescentou o Edil, justificando que "o Presidente da Câmara não escolhe os empreiteiros".
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