Greve de professores das escolas Egas Moniz, D. Afonso Henriques e Gil Vicente

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Vários docentes das Escolas EB 2,3 Gil Vicente, D. Afonso Henriques e Egas Moniz associaram-se esta quinta-feira à luta nacional de professores, concentrando-se esta manhã no exterior dos estabelecimentos de ensino. Os docentes aderiram à paralisação, condicionando os primeiros tempos das actividades lectivas.

Em declarações ao Grupo Santiago, Isabel Carvalho, da EB 2, 3 Egas Moniz, justifica as razões da paralisação.
"Lutamos por um ensino de qualidade que está relacionado com as nossas condições de trabalho. Precisamos de estar motivados, valorizados e reconhecidos", destacou.
Os professores estão hoje confrontados com uma proposta que consideram ser "uma forte agressão à nossa condição de professores". Em causa está a "alteração ao modelo de concurso e colocações", atribuições que o Governo pretende passar para os municípios.

Os professores contestam a criação de um Conselho de Directores a quem "competirá fazer a escolha dos professores de acordo com o seu perfil", sem respeito pela graduação nacional que é uma situação "mais justa, equilibrada e equitativa". Ora, na opinião de Isabel Carvalho este modelo promoverá o «clientelismo», o «amiguismo» e a «partidarite».
A Docente da Egas Moniz acrescenta que nesta luta dos professores estão também em causa a retribuição de cerca de sete anos de tempo de serviço e a reforma após 35 anos de serviço pelo "desgaste físico e intelectual" em resultado de uma profissão de grande desgaste. Cientes de que estão perante uma luta que promete ser longa, os professores salientam que está em causa a criação de condições para um "ensino de qualidade porque é isso que queremos para os nossos alunos".

A greve por tempo indeterminado foi convocada pelo Sindicato de Todos os Professores (S.T.O.P), contesta as propostas de alteração aos concursos e exige respostas a problemas antigos da classe docente.
A paralisação acontece numa altura em que o Ministério da Educação está em negociações com os sindicatos, que se mostram contra a maioria das propostas do Governo.

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Marcações: greve, Gil Vicente, Egas Moniz, professores, D. Afonso Henriques

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