"Têm sido constantes as dificuldades dos estudantes encontrar habitação"

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Os estudantes do ensino superior deslocados em Guimarães vivem por estes dias uma verdadeira odisseia para encontrar casa. A falta de oferta de residências universitárias a que se junta um mercado privado saturado e especulativo, aumentam as dificuldades dos estudantes da Universidade do Minho. Apesar dos ligeiros avanços nas futuras infraestruturas para estudantes, o Presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) não acredita em novidades antes de 2024.

"Não acredito que haja residências universitárias já no próximo ano. Existem projectos aprovados. Aliás, recebemos com agrado a notícia do reforço da verba para novas residências, possibilitando que todas as candidaturas previstas sejam construídas. Estamos a falar de mais 70 milhões de euros do que era previsto. Um investimento de louvar de 450 milhões de euros em residências universitárias. No entanto, nada disto vai acontecer este ano nem no próximo", alerta Duarte Lopes, acrescentando que "o prazo do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) é curto, mas todos conhecemos os procedimentos dos processos concursais públicos e construção de grande obras. Por isso, não haverá novidades no próximo ano". 

De acordo com o Presidente da AAUM, o cenário para os estudantes é "preocupante", com centenas de estudantes à procura de habitação. "Estamos a receber os novos estudantes e nitidamente é uma situação preocupante. Não diria algo novo, mas estamos a sentir de uma forma mais reforçada. Têm sido constantes as dificuldades dos estudantes encontrar habitação em Guimarães".

Duarte Lopes assume que as "dificuldades" e os "obstáculos" serão "muitos", mas a AAUM está a "tentar gerir a situação da melhor forma", apoiando os estudantes universitários, "com soluções de alojamento que oferecem à comunidade". "Certo é que o alojamento continuará a ser um problema no acesso ao ensino superior, pois são elevados os preços praticados pelo mercado privado", frisa.

Ainda segundo Duarte Lopes, está previsto a entrada na Academia da Universidade do Minho de perto de três mil novos alunos, dos quais mil a 1.500 são para Guimarães. "Sabemos que 30% dos estudantes estão deslocados no Minho, portanto 500 a 700 estudantes da Universidade do Minho procuram casa", explica o responsável, que reconhece que "não ter habitação pode ser desmotivador" para um estudante que procura o acesso ao ensino superior.

De recordar que foram aprovadas as duas candidaturas para financiamento de residências para alunos universitários em Guimarães - na antiga escola de Santa Luzia (150 camas) e no Avepark (177 camas) - no âmbito do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES), financiado pelo Programa de Recuperação e Resiliência.

Em causa está o projecto liderado pela Universidade do Minho para reabilitar o edifício da antiga Escola de Santa Luzia, na Rua Francisco Agra, que irá exigir um investimento de cerca de seis milhões de euros a executar até final de 2024 e terá 150 camas.

Marcações: residências universitárias

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