Homicida da Trofa julgado nas Varas Mistas por Tribunal de Júri
Prossegue esta terça-feira, nas Varas de Competência Mista de Guimarães, o julgamento de um homem acusado de ter morto a sua companheira a tiro de caçadeira. Os factos ocorreram no dia 14 de Agosto, de 2003. Paulino Silva, de 64 anos, movido por ciúmes, deslocou-se da Trofa, onde vivia, até Mesão Frio, onde morava a vítima Joaquina Rosa, de 58, e disparou sobre ela à queima-roupa. Na última sessão, o arguido disse ao Tribunal que o seu objectivo era matar a sua companheira e também suicidar-se, facto que não chegou a consumar-se, apesar de ter tentado.Paulino Silva, viúvo, conheceu Joaquina Rosa, divorciada, através de um
anúncio que colocou na Rádio Santiago. Estiveram juntos de Março a Agosto, altura em que o relacionamento acabou em tragédia.
Refira-se que o arguido tinha já antecedentes criminais, tendo estado, até Março de 2002, detido, depois de ter sido condenado a três anos de cadeia pelo Tribunal Judicial de Sto Tirso, acusado do crime de homícidio na forma tentada.
De resto, este acaba por ser um julgamento mediático, na medida em que, pela primeira vez, nas Varas de Competência Mista, se realiza um Tribunal de Júri. Na prática, isto quer dizer que oito jurados, quatro efectivos e quatro suplentes, escolhidos, aleatoriamente, dos cadernos eleitorais da Comarca de Guimarães, vão decidir a culpabilidade e determinação da sanção a aplicar, em colaboração com os três juízes que presidem a este julgamento.
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