Ano lectivo arranca em Guimarães com menos mil alunos e uma escola
O novo ano lectivo, que já arrancou oficialmente, terá menos alunos e menos uma escola em Guimarães, por comparação com o ano anterior.Os divulgados pelo semanário O Comércio de Guimarães, mostram que para o ano lectivo 2015/2016 estão matriculados 18.803 alunos nas 88 escolas do Concelho, desde o pré-escolar ao ensino secundário. No total são menos 1.053 do que no ano passado. A tendência só não se verifica ao nível do secundário.
A quebra, que nos últimos anos se tem vindo a acentuar, é significativa e preocupa a responsável pela pasta da educação do Município, Adelina Paula Pinto.
A maior descida (424) verifica-se no 2º ciclo, ou seja, nos alunos dos 5º e 6 anos. Há também uma perda mais evidente de alunos no 1º ciclo (251) e no 3º (261). Ao nível do pré-escolar, o decréscimo foi menos acentuado, de apenas 119 alunos.
Há escolas, no pré-escolar, com penas cinco matriculados, como é o caso da EB1/JI Telhado, em Penselo, com quatro alunos de quatro anos e apenas um de cinco. No 1º ciclo, a EB1/JI Chã de Bouça, em Atães, é aquela onde menos alunos se matricularam. No total são apenas 16. Nove no 2º ano, dois no 3º e cinco no 4º ano. Aqui, à semelhança de outros estabelecimentos, são formadas apenas duas turma, face à escassez de alunos. Uma solução criticada pela Edilidade.
O ano lectivo arrancou oficialmente na terça-feira, mas quase todas as escolas abrem apenas no final desta semana, começando as aulas no último dia do prazo, segunda-feira, dia 21.
EB1 de Candoso Santiago encerrou
A falta de alunos levou mesmo ao encerramento de uma escola, a EB1 da Igreja, em Candoso S. Tiago. Os alunos foram transferidos para Mascotelos. De acordo com Adelina Pinto, foi um processo pacífico.
"Os encarregados de educação perceberam que estava em causa a qualidade de aprendizagem dos seus filhos. Aquilo que acontecia é que tínhamos duas turmas em Mascotelos e outras duas em Candoso S. Tiago, ambas com dois anos de escolaridade. Para os pais e encarregados de educação nada muda, porque temos assegurado transporte, almoço e tudo o resto. Acreditamos que os pais vão gostar do novo domicílio de aprendizagem dos seus educandos".
O problema da falta de alunos vai levar ao encerramento de mais escolas nos próximos anos.
"Temos muitas escolas na tangente, com duas turmas. Nos próximos anos vamos ter agregar escolas, tendo em conta a qualidade do ensino. Uma turma com dois anos de escolaridade já é um processo muito complicado."
A EB 2, 3 Fernando Távora, em Fermentões, é a que tem menos inscritos para o novo ano escolar (218), no que diz repeito aos estabelecimentos de ensino do 2º e 3º ciclos. Curioso é verificar que a EB 2, 3 Afonso Henriques terá o mesmo número de alunos do ano lectivo anterior, 362.
Em contraponto, o único agrupamento escolar que viu o número de matrículas aumentar foi o João de Meira, mais 36, especialmente por culpa dos cursos de educação e formação.
Secundário com mais alunos
No secundário não se verificou quebra no número de alunos. Houve até um aumento, pouco significativa é certo, de alunos (81), em três dos quatro estabelecimentos de ensino. A maior subida aconteceu na Secundária Martins Sarmento (106), que passou de 1.390 alunos para 1.496. Mas também na Santos Simões (35) e na Francisco de Holanda (13), se registaram aumentos. Apenas nas Taipas houve uma quebra, mesmo que ligeira, de 73 alunos.
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