Comerciantes de restauração das Taipas protestaram contra horário do fim-de-semana

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Nas Taipas empresários do sector da restauração manifestaram-se contra as medidas restritivas do estado de emergência decretadas pelo Governo.

Numa acção que decorreu no recinto da feira semanal, Conceição Miranda deu conta do descontentamento com o horário estabelecido para o funcionamento da restauração nos dois próximos fins-de-semana.
"Fechar às 13h00 não faz sentido. Tinham que dar mais duas horas para podermos trabalhar porque o sábado é que nos estava a salvar", começou por afirmar.


Aquela empresária referiu ter registado "quebras de 80%" no movimento da sua casa à semana.
"Ao sábados estavamos com cerca de 120 diárias e era o que nos estava a salvar para conseguirmos pagas as contas. Agora, com este horário vamos ter prejuízos e não vai dar para suportar as despesas", salientou.

Referindo que se viu na necessidade de reduzir o pessoal do seu restaurante, de cinco para duas pessoas, Conceição Miranda confessou já lhe ter "passado pela cabeça fechar" o estabelecimento. Mas, feitas as contas, "a verdade é que investi numa casa que não é minha uns 100 mil euros e bem vistas as coisas tenho é que lutar, não é fechar, tenho de continuar a lutar".
"Sei que estamos a passar por uma situação difícil devido à pandemia mas temos que poder trabalhar para podermos viver, não podemos parar", acrescentou.

Outra empresária da restauração, Rosa Esteves, deu conta das mesmas dificuldades para sobreviver.
"Com o negócio fraco como está, o que nos vale é o pouco que tínhamos de lado mas quando acabar vamos ter de fechar", afrimou.
Os tempos de pandemia ditam dificuldades que a fazem desesperar, registando ser "triste porque trabalhamos, lutamos, pagamos contas mas desta maneira é muito duro e não dá para aguentar".
Na acção de protesto marcaram presença representantes de cinco estabelecimentos de restauração. Uma rfraca adesão que causou revolta a Conceição Miranda.
"Estou escandalizada com os colegas que não vieram dar a cara, lutar... É porque estão bem, mas para estar bem, é preciso lutar", concluiu. 
  


Marcações: Taipas, restauração, protesto

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