Presidente do Banif quer responsabilidades apuradas na fraude em Guimarães
O Presidente da Comissão Executiva do Banif quer ver apuradas todas as responsabilidades na alegada fraude financeira da agência de Guimarães. Segundo a notícia avançada ontem pelo jornal O Comércio de Guimarães, a Polícia Judiciária está a investigar uma alegada fraude de 17 milhões de euros, qualquer coisa como três milhões e 400 mil contos. A fraude foi detectada no início de 2003, mas decorria desde 1996. Três ex-funcionários da agência de Guimarães poderão ter que responder por vários crimes, entre os quais gestão danosa, burla qualificada, crime de infidelidade e falsificação de documentos. "O apuramento da verdade dverá ser feito até ao fim. Custe o que custar e doa a quem doer". É a reacção do Presidente da Comissão Executiva do Banif à notícia do jornal O Comércio de Guimarães. Numa entrevista exclusiva ao Guimaraesdigital, Joaquim Marques dos Santos refere que a alegada fraude financeira foi apurada pelos serviços de auditoria interna. "Foi em Fevereiro, numa altura em que as contas de 2002 estavam, praticamente, encerradas. Já não podiamos entrar nas contas de 2002, porque se tratavam de irregularidades que iriam mexer com os números de 2002, de 2001 e de outros anos atrás. Fizemos a comunicação à CMVM, até porque a instituição está cotada na bolsa". Terá sido no seguimento desta auditoria, que detectou a alegada fraude, que os dois ex-funcionários pediram a sua demissão, pelo que o banco deixou de ter qualquer poder disciplinar sobre os dois quadros.O Presidente da Comissão Executiva do Banif não deixa de considerar que o incidente afectou o funcionamento da instituição bancária. No entanto, a situação com os clientes afectados começa a ficar regularizada. "É um problema interno. Tivemos a preocupação de as relações com os clientes não sairem, minimamente, beliscadas. Hoje, podemos dizer que, graças ao trabalho dos funcionários do banco, muitos clientes nem se aperceberam". Confrontado com o alegado envolvimento de um terceiro ex-funcionário do Banif, que havia
deixado a instituição em 1998, por acordo com o banco, mas que acabou por permanecer nas instalações do Porto da ASCOR-Dealer, Joaquim Marques dos Santos explica que o indivíduo frequentava o espaço como um simples cliente do banco. "Esse senhor continuou a trabalhar com o banco, mas como cliente e mandatário de outros
clientes, através de operações de bolsa. Como tinhamos uma delegação da correctora no Porto, ele utilizava essas instalações para dar ordens de compra e venda". Admitindo que a fraude estava muito bem montada, o Presidente da Comissão Executiva do Banif não sabe qual é a ramificação do caso. Em declarações ao Guimaraesdigital, Marques
dos Santos garantiu que, até ao momento, não tem conhecimento de clientes que tenham sido lesados com esta alegada fraude financeira. "Foram apuradas todas as contas mexidas. Houve clientes que nem sequer se aperceberam".
Marcações: Economia