Correios acusados de entregarem correspondência trocada e violada
Um vimaranense diz ter recebido dos CTT correspondência violada que não lhe pertencia. Os factos ocorreram no passado dia 6.
Manuel Silva, residente na freguesia de Azurém, diz que logo pela manhã o carteiro tocou à campainha da sua residência para lhe entregar uma carta registada.
"Depois de assinado o respectivo impresso, o carteiro entregou-me um envelope dobrado pedindo desculpa por já estar aberto."
Manuel Silva regressou a casa e, já no seu interior, abriu o envelope remetido pela filha emigrada em França. E qual não foi o seu espanto quando verificou que no interior do envelope havia correspondência sua e outra que não lhe pertencia, sendo que esta estava aberta. Ou melhor, violada.
Tal como mostra a foto, entre a correspondência violada, encontravam-se duas cartas da Autoridade Tributária, um cartão de aniversário e duas cartas registadas remetidas de França.
Perante o inesperado da situação, Manuel Silva dirigiu-se ao balcão dos CTT da Quintã dando conta do insólito acontecimento a um funcionário.
"O que me foi dito é que o assunto não lhes dizia respeito, pelo que me devia dirigir ao Centro de Distribuição de Urgezes", conta Manuel Silva.
Estranhando a indicação dada e levando em conta a distância, Manuel Silva optou por relatar o caso ao Grupo Santiago. Avaliada a situação, foi aconselhado a comunicar o caso à PSP por se estar perante um alegado crime de violação de correspondência.
Manuel Silva aceitou a sugestão e dirigiu-se às instalações da PSP. Aí e perante a situação exposta, foi convidado a dirigir-se ao balcão dos CTT da Quintã e meter as cartas que não lhe pertenciam, as tais que estavam violadas, no local das "cartas do estrangeiro". E foi o que Manuel Silva fez, «oferecendo» a prova de um eventual crime ao alegado infractor.
Confrontado pelo Grupo Santiago, o departamento de Relações Públicas do Comando Distrital de Braga da PSP considerou que tudo não passou de "um erro de comunicação", sendo que o agente terá percebido que a correspondência em causa foi encontrada por Manuel Silva na sua caixa de correio. Uma versão negada por Manuel Silva, garantindo que o agente "teve nas suas mãos" as cartas violadas que recebeu.
Fonte oficial dos CTT deu conta de que “respeitaram todos os procedimentos, uma vez que entregaram o envelope fechado ao cliente, tal como foi rececionado da origem (França)". De acordo com a mesma fonte e no sentido de averiguarem a situação, "os CTT voltaram hoje (ontem) ao contacto com o cliente, confirmando assim que, só depois de aberto pelo próprio no destino, é que se verificou que o referido envelope continha as 12 correspondências e mais 4 abertas/rasgadas/danificadas que não lhe pertenciam". Por isso, "cs CTT são alheios ao conteúdo do envelope, uma vez que, em circunstância alguma, abrem a correspondência dos clientes”.
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