Vitória perdeu em Alverca por 3-2
O Vitória regressou às derrotas em Alverca e, por via disso, vai falhar o objectivo nº 2 da temporada, baseado essencialmente na aproximação aos cinquenta ponos, meta estipulada por Augusto Inácio, em Leiria, quando o Campeonato 'dobrou'! Uma questão de sorte ou uma forma diferente de encarar o jogo determinou novo desaire da equipa vitoriana ontem à noite, perante um despromovido Alverca que, apesar de tudo, quis limpar a face frente ao seu público. E conseguiu - sobretudo pelo que fez no decurso do segundo tempo, altura em que aliou um resultado expressivo a uma exibição convincente, digna de uma equipa... primodivisionária. E esta redenção pública inibiu o Vitória. Claramente. É verdade que os vimaranenses entraram melhor no desafio, tiveram mais ocasiões para desfeitear o francês Yannick monopolizaram os primeiros vinte minutos do encontro, mas não deixa de ser igualmente irrefutável que o conjunto de Inácio necessitou sempre de correr atrás do prejuízo. Apostando num sistema defensivo apoiado em três centrais - o que permitiu maior liberdade aos laterais -, o esquema até começou a frutificar, complicando as contas ao treinador Vítor Manuel. Foi precisamente no final do domínio vitoriano que o Alverca chegou à vantagem por intermédio do irrequieto Quinzinho. A origem do golo, essa, ocorreu na sequência de uma fífia defensiva cometida pelo capitão William, que escorregou no relvado. Decorridos sete minutos, Romeu, após cruzamento milimétrico de Fangueiro, repôs a verdade desportiva na partida, apesar de unanimemente se considerar que, mesmo assim, o empate penalizaria o Vitória, um conjunto nesta altura manifestamente mais objectivo, pragmático e com outra amplitude ofensiva. No reatamento, Rui Borges chega à vantagem no marcador no minuto após a uma jogada polemizada por entrada à margem das leis do esquerdino Diogo Luís. O árbitro nada assinalou e os ribatejanos, na missão de brigar por um lugar honroso na tabela, chegam novamente à vantagem. Sem vacilar, Augusto Inácio introduz em campo os avançados Laelson e Adelino, aproveitando a lesão de Guga e retirando o esquerdino Rabarivony. Mesmo assim, o Vitória, a contragosto, afigurava-se uma equipa passiva, praticando um futebol musculado em contraste com a tranquilidade caseira. A perder por 2-1, Inácio abdica de outro defensor (Flamarion) e decide resguardar o sector defensivo. Hugo Cunha ainda restabeleceu a igualdade, mas o 'frango' (distracção?) de Palatsi deitou tudo a perder. O árbitro Pedro Henriques manchou a sua exibição, ao não assinalar uma grande penalidade cometida por Diogo Luís sobre Romeu, logo após o reatamento da partida.Marcações: Diversos