Torcatense corre risco de perder nove pontos
O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol instaurou um processo disciplinar ao Torcatense. Em causa está a alegada utilização irregular de dois jogadores estrangeiros no mesmo jogo. A notícia foi avançada há minutos pela Rádio Santiago. A denúncia partiu do Famalicão, clube que perdeu por 2-1 o jogo a contar para a 13ª jornada da 2ª Divisão. Nesse encontro, como acabaria por acontecer mais tarde nos triunfos sobre o Camacha e Vilaverdense, o Torcatense utilizou dois jogadores alegadamente estrangeiros, os avançados Guilherme Cascavel e Abbas. As regras ditam que os clubes da 2ª Divisão apenas podem utilizar um jogador com estatuto de estrangeiro em cada jogo, apesar de poderem inscrever dois. Daí que a Federação Portuguesa de Futebol tenha instaurado um processo ao Torcatense, que, no pior dos cenários, pode perder os pontos conquistados nos jogos em questão. Ou seja, o clube de S. Torcato corre o risco de perder os nove pontos conquistados diante do Famalicão, Camacha e Vilaverdense nas últimas quatro jornadas, o que atiraria a equipa irremediavelmente para o último lugar, com apenas três pontos.Contudo, o Torcatense, que foi notificado no início da semana, defende que a Federação Portuguesa de Futebol está equivocada. O clube, que, por enquanto, não pretende abordar o caso publicamente, argumenta que Guilherme Cascavel não conta como jogador extra-comunitário uma vez que adquiriu o estatuto de igualdade de direitos e deveres em Julho de 2005, tal como consta em Diário da República. Uma vez que Cascavel está inscrito como jogador profissional em virtude de ter contrato com o Vitória, segundo os regulamentos passa a não contar como jogador estrangeiro.
É este argumento que o Torcatense vai expor ao Conselho de Disciplina na tentativa de não vir a ser penalizado. O caso está entregue a um advogado especializado em direito desportivo que está a organizar a defesa do clube de S. Torcato.
Em causa neste caso poderá estar uma falha de comunicação, uma vez que existe a possibilidade da Federação Portuguesa de Futebol não ter sido notificada da naturalização de Guilherme Cascavel aquando da inscrição do jogador no início da temporada.
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