António Miguel Cardoso explicou saída de Daniel Sousa: "Não havia caminho para trabalharmos em conjunto"
O que esteve na origem da despedida do Daniel Sousa?: "O que esteve na origem da rescisão por mútuo acordo, é importante que seja dito, é fundamentalmente o período de instalação da equipa técnica quem não funcionou da melhor forma. Temos uma estrutura profissional, competente, sempre foi dito que era importante que todas as equipas técnicas se integrem da melhor forma com essa estrutura. Isso foi falado antes do mister entrar, mas as coisas não funcionaram da melhor forma, por vários motivos. Decidimos, ambas as partes, por término à relação porque o importante é que prevaleçam os interesses do Vitória. Existiram esses problemas e era importante mudar o caminho e não continuar com o mister Daniel Sousa."
O que é que não correu bem?: "Acho que quando tomamos decisões, tomamos com o sentido de projeção. Observamos o historial das equipas técnicas e do clube e todos partimos para um caminho que pensamos que ia ser ideal. A integração não foi feita da melhor forma. Existe um período de instalação, em que têm de se habituar aos ritmos do dia a dia da estrutura. Temos uma linha muito direta e profissional, essa integração não estava a funcionar, havia problemas, coisas pequenas que afetavam o dia a dia. O caminho tinha de ser este, não havia caminho para trabalharmos em conjunto. Olhamos para a frente a procura do sucesso, quando as coisas não estão bem preferimos reagir."
A aposta em Daniel Sousa foi um erro?: "Não tenho problema nenhum, temos de tomar decisões todos os dias. Olhando para trás, as coisas não correram bem. A decisão que foi tomada foi com um propósito. Não foi a melhor decisão do mundo, estamos aqui para que as coisas corram bem."
Não havia espaços para o treinador chegar a uma base que permitisse a continuidade? Era tão irreversível?: "Chegamos a um ponto em que ambas as partes perceberam que não havia caminho juntos. Como consigo ter a certeza? É fácil. Temos uma estrutura, jogadores, staff e administração e sentimos que a linha de raciocínio não era a mesma. Não pomos nada em causa, mas percebemos que não havia caminho, temos muito a ganhar e por isso tínhamos de agir. Hoje acordamos com o sentimento de viragem, as pessoas estão todas com essa motivação. Ambas as partes sentiram que não havia caminho, por isso é uma rescisão com mútuo acordo."
Marcações: Vitória Sport Clube, António Miguel Cardoso