Dirigentes do Vitória garantem que futuro de André André "foi conversado olhos nos olhos"
Há novos desenvolvimentos na sequência da entrevista de André André ao portal zerozero.pt. Face às declarações do ex-jogador, os responsáveis directivos do Vitória entendem que a situação que levou à saída de André André foi tratada com a máxima lisura e estão indignados com a versão contada pelo próprio atleta. Essas declarações geraram profunda indignação e surpresa entre todos os elementos da estrutura diretiva do clube pela “forma incompleta, ingrata e ofensiva” como o atleta contou como se processou a sua saída do Vitória, apurou o Grupo Santiago junto de diferentes fontes próximas. Surpreendido com a denúncia do ex-atleta vitoriano de que apenas lhe teria enviado uma mensagem a propor-lhe o fim da carreira a quatro jogos do fim do campeonato da época passada e acusando-o de “falta de caráter”, António Miguel Cardoso, o presidente do Vitória, reagiu de imediato nesta terça-feira, esclarecendo tê-lo avisado “atempadamente da decisão final” e que muito antes disso o havia informado de que receberia uma proposta para se manter na estrutura do Futebol Profissional caso não fizesse parte, como atleta, do projeto desportivo para 2024/25. Ao que apurou o Grupo Santiago, tais dados são do conhecimento da generalidade dos responsáveis do clube e foram devidamente explicitados em três reuniões presenciais que envolveram André André, o presidente do Vitória e os vice-presidentes e administradores José Eduardo Viamonte e Nuno Leite.
A primeira aconteceu logo no início da temporada 2023/24. Perante António Miguel Cardoso e José Eduardo Viamonte, André André tomou conhecimento de que o clube lhe ofereceria um cargo na estrutura do clube no fim da temporada caso fosse excluído do plano traçado para a época seguinte na qualidade de atleta profissional. E o mesmo tema voltaria a ser abordado num novo encontro ocorrido na semana anterior à realização do jogo Vitória-Sp. Braga (disputado a 11 de Maio de 2024), a pedido de André André, com o atleta a solicitar tempo a António Miguel Cardoso e a Nuno Leite para tomar uma decisão, remetendo esse momento para o fim da temporada. Terminada a época, o presidente do Vitória e José Eduardo Viamonte convocariam André André para uma terceira e derradeira reunião, tendo os dois dirigentes comunicado então ao atleta que não faria parte dos planos para a temporada 2024/25. No mesmo dia (24 de Maio de 2024) e na mesma reunião, o atual jogador do Leixões declinaria o convite para abraçar um cargo na estrutura do emblema vitoriano, conforme seria noticiado uma hora depois pelo site do jornal O Jogo.
No entendimento dos responsáveis do Vitória, o futuro de André André foi tratado com a máxima lisura e respeito, tendo bem presente que o atleta foi um emblemático capitão do clube, presente na conquista da Taça de Portugal em 2012/13, e com mais de duas centenas de jogos oficiais somados. “Não se compreende a versão contada pelo André André. Estive presente em duas de três reuniões com o próprio jogador, juntamente com o presidente António Miguel Cardoso, durante as quais tudo foi devidamente exposto ao atleta. Ele soube logo no começo da época passada que poderia não continuar como atleta e que teria a possibilidade se manter no clube num outro cargo”, declarou o vice-presidente José Eduardo Viamonte ao Grupo Santiago. Convidado a pronunciar-se sobre o mesmo tema, o vice-presidente Nuno Leite confirmou a ter marcado presença numa reunião e manifestou-se “surpreendido” com as declarações do atleta.