Rui Borges entusiasmado: "A resposta dos jogadores tem sido fantástica"
Rui Borges prestou, esta quinta-feira, declarações aos meios de comunicação do Vitória. A dois dias de fechar o estágio que decorre no Algarve e a duas semanas da primeira mão da segunda pré-eliminatória da Conference League, o treinador abordou alguns temas e mostrou-se confiante e entusiasmado com o trabalho que tem sido feito. “Levamos duas semanas e meia de trabalho muito boas. O espírito de grupo é excelente, há muita positividade e competitividade. Tudo isso vai de encontro ao que pretende a equipa técnica. A resposta dos jogadores tem sido fantástica: estão muito disponíveis para aprender e aceitam muito bem as nossas mensagens. Por isso, já se encontram minimamente identificados com as nossas ideias e com o que se pretende para o coletivo. Ainda temos, porém, margem para crescer. A equipa vem de uma forma de estar em campo diferente daquilo que nós desejamos e a mudança leva o seu tempo. Temos um grupo com muita qualidade e inteligência, pelo que os jogadores vão adaptar-se facilmente às novas ideias. Têm demonstrado isso. Alguns pormenores requerem mais tempo, mas estou muito tranquilo e feliz ao vê-los a trabalhar, já com aqueles comportamentos que eu desejo para a equipa", começou por sublinhar.
Rui Borges analisou ainda a mudança de sistema táctico, de cinco para quatro elementos na defesa: “É a forma como nós olhamos para a organização de uma equipa. Partimos de um sistema diferente daquele em que jogava o Vitória nas últimas épocas, mas os jogadores são muito inteligentes e adaptam-se facilmente a outros sistemas. Vários já trabalharam noutros clubes e com diferentes treinadores e, por isso, têm a capacidade de jogar em qualquer sistema, correspondendo às nossas exigências. O grupo tem dado uma resposta muito boa e, entre todos, perguntando e respondendo às questões que se vão levantando, vamos tentar recolher o melhor de todos. Sendo o líder e o mentor daquilo que se trabalha em termos de comportamentos em campo, preciso de todos. São eles que fazem de mim treinador, não sou eu que faço deles jogadores.”
Sobre o primeiro jogo oficial, reconheceu que o Vitória "sabe que teremos de nos apresentar dentro do expectável no dia 25 de julho porque queremos muito trazer uma vitória do primeiro jogo da Conference League. É esse o nosso objetivo e não vamos fugir dele. Acredito que nessa altura seremos capazes de fazer um bom jogo e ganhar”.
Nos jogos particulares, a equipa vitoriana somou triunfos, mas o treinador valoriza outros aspectos: “Vai muito para além dos resultados. É sempre bom ganhar, mas não é isso que me alegra nesta fase. Mas eu sei que o ADN do Vitória aponta nesse sentido: ganhar. Há que conquistar, ganhar jogos. Como treinador, estou nesta altura muito focado na capacidade da equipa e na disponibilidade física dos jogadores. Queremos crescer nesses aspetos ao longo do tempo e a verdade é que a equipa tem dado respostas muito boas. Não tenho dúvidas de que no dia 25 estaremos capazes de jogar dentro do que é expectável, embora sabendo que a equipa não estará ainda ao nível do que nós desejamos. Os próprios jogos oficiais vão-nos ajudar a melhorar muito e a ganhar ainda mais capacidades. Por mais que se provoquem erros num jogo particular, é tudo diferente numa partida oficial. Aí, sobem claramente os níveis de ansiedade e de adrenalina."
Rui Borges sublinhou que "umas vezes jogaremos melhor, outras não será tanto assim, o objetivo será sempre o mesmo: ganhar. Quando não jogarmos tão bem, terá de sobressair a componente competitiva, o rigor e a vontade. Não vamos ganhar sempre tendo por base a qualidade porque do outro lado também vai aparecer qualidade. Tendo a atitude correta em todos os jogos, vamos ganhar mais vezes”.