Marco Rodrigues aponta capitão do Ases como motivo da sua saída; Carlos Neves quer serenar ânimos

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O ex-treinador do Ases de Santa Eufémia, Marco Rodrigues, revelou que a sua saída ficou a dever-se ao desgaste da relação com o capitão do clube, Cris. “Quando não joga, só cria problemas ao grupo. Esse senhor pensa que é o dono do clube, quando não joga está tudo mal, quando joga está tudo bem. Como treinador, tinha de ser eu a gerir e a tomar decisões. Formamos um plantel competitivo, com 24 jogadores, para encarar uma época muito difícil. Todos têm a oportunidade de jogar. O Cris foi titular três jogos, quis ser expulso no Este e a partir daí tive de tomar decisões e escolher outro jogador para a posição. Ele pensa que tem de jogar sempre no Ases. Está na sua zona de conforto, daqui a uns anos deve querer ser o presidente do Ases. De uma vez por todas, tem de entender que não é o elo mais forte. O elo mais forte é o clube, o presidente. Os sócios e simpatizantes têm de perceber a realidade”, acrescentou.

Instado a comentar as declarações de Marco Rodrigues, o presidente do Ases de Santa Eufémia, Carlos Neves, começou por notar que “os resultados não têm sido o que esperávamos” e a exibição frente ao Emilianos “não foi das melhores”. “Procuramos chegar a um consenso porque havia desconforto no plantel, o que é normal. Alguma das mais valias podiam colocar em causa o lugar do treinador, perdendo o cenário complica-se ainda mais. Percebemos onde estavam as diferenças, por isso cada um segue o seu caminho. Quem fica no banco não gosta, perdendo essas situações relevam-se mais e depois dizem-se coisas que não se devem dizer no calor do momento. O Cris está cá há muitos anos, e normal que possa assumir mais esse desconforto como capitão. Se calhar muita gente esconde-se atrás dele, percebemos que as coisas não estavam a correr bem. Isto acontece em todos os plantéis, quando as coisas estão mal temos de as enfrentar. Tratamos a situação olhos nos olhos. Se o Cris esteve bem ou não, são situações que temos de gerir internamente. É a pessoa que está cá há mais tempo, a que mais sentiu o que estava a acontecer e se calhar a pessoa que mais quis mudar”.


Marcações: Associação de Futebol de Braga, Ases Santa Eufémia

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