Vitória: Contas aprovadas e passivo de 47 milhões de euros
Os sócios do Vitória aprovaram, esta sexta-feira, em Assembleia Geral o Relatório e Contas referente à época de 2020/2021.
Numa Assembleia Geral em que as contas que tinham sido chumbadas ainda na gestão de Miguel Pinto Lisboa foram aprovadas por maioria, a nova Direcção do Vitória, liderada por António Miguel Cardoso, traçou um cenário muito difícil no que à situação financeira diz respeito. "Vai ser um caminho longo", começou por dizer-se antes de terem sido detalhadas algumas operações. Assim, foi anunciado que a anterior Direcção fez uma antecipação de receitas de direitos televisivos na ordem dos 20 milhões de euros, ou seja até Dezembro de 2025 e a antecipação de 1,4 milhões das receitas da Placard (até Março de 2025).
"Não podemos continuar endividados, o Vitória não tem capacidade financeira para renovar com jogadores; todos os meses gastamos 2 milhões de euros e não podemos continuar a triturar dinheiro", foram outras frases fortes antes de ser divulgado que o objectivo de reduzir os salários em 2 milhões de euros não foi atingido e que no final da época o Vitória vai ter 11 milhões de prejuízo. O passivo actual é de 46,790 milhões.
Relativamente ao negócio de aquisição das acções a Mário Ferreira, a 3 de Março foi paga uma tranche de 1,3 milhões e, entretanto, já foram acordados novos prazos de pagamento do valor em falta. Até 15 de Maio terão de ser pagos mais 350 mil euros e, entretanto, os sócios terão a oportunidade de subscrever um milhão de euros em acções até 15 de Setembro.
Nos 30 minutos destinados a questões colocadas pelos sócios, António Miguel Cardoso adiantou que um fundo inglês vai investir 10 milhões de euros no Vitória, o que será suficiente. "A anterior Direcção garantiu que havia tesouraria para 2/3 meses, mas isso não aconteceu", acrescentou o presidente vitoriano.
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