Pepa: "Cabe-nos manter intensidade e marcar golos"
O jogo com o Arouca.: "As equipas são competitivas. O Arouca tem um treinador que já passou por aqui, com um largo historial. O Arouca está identificado, sabemos o que pode fazer. É uma equipa muito forte no momento de recuperação da bola, ataca a profundidade. Tem as ideias bem assimiladas, os jogadores conhecem-se, isso nota-se dento do campo. Tem alguns reforços que chegaram no fecho do mercado, que têm qualidade. Mais do que o Arouca, sabemos o que podemos e vamos fazer. Vai ser um jogo intenso, bem disputado, em que querermos fazer o que temos feito, mas com golos. A velocidade, intensidade e o volume estão lá, não podemos é ter a ansiedade do golo porque a qualidade existe. Temos de colocar o ritmo que queremos".
A disponibilidade de Rochinha para este jogo.: "Não está disponível, mas está bem, que é o mais importante. Quando estiver a treinar a 100 por cento, será comunciado pelo clube".
Sente que a equipa não tem mais pontos devido a erros comprometedores?: "A concentração está lá. Podíamos estar a falar de um arranque extraordinário. As coisas podem ser vistas de várias formas. Somos uma equipa que permite poucos golos e poucas oportunidades ao adversário, é um sinal de concentração, rigor, de entrega e organização dentro do campo. Se não tivéssemos chegada à área, volume ofensivo, não teria problema em dizer que devíamos melhorar muito. Temos conseguido, mesmo contra equipas fortes competentes e organizadas, mandar no jogo e ter um volume ofensivo muito grande. No resto, a bola vai entrar. Temos de ter capacidade de discernimento, saber que as coisas estão a ser bem feitas. A questão do golo é uma questão de serenidade. Não podemos voltar atrás em termos do que aconteceu no último jogo. Este casamento com os adeptos, esta empatia, o orgulho de uns nos outros, é algo inexplicável. Quem está de fora e viu o que aconteceu gostava de estar lá dentro e viver aquilo. Cabe-nos manter esta alma e intensidade e marcar golos. Não estamos preocupados com o processo, com a finalização estamos um pouco mas não podemos estar ansiosos ou precipitados porque merecemos mais do que o que temos".
Como estão os jogadores neste contexto...: "Com muita confiança porque a qualidade está lá. Dá gosto de ver a forma como trabalham, a competitividade no grupo, as dores de cabeça que temos para tomar algumas opções. Queremos apresentar o volume de jogo e intensidade que temos mostrado. Queremos dar passos em frente, não há volta a dar, não podemos olhar para trás. Não foi de forma esporádica que chegamos a este patamar, agora temos de afinar para melhorar o que nos está a faltar. Temos de ter paciência e não ser precipitados".
Deve ser uma vantagem não ter de apelar aos adeptos para estarem presentes nos jogos, como aconteceu com o Pepe Guardiola?: "Por aquilo que está a acontecer, os bilhetes desapareceram num instantinho… é especial. Entramos de frente e vemos a bancada preta e branca. É um orgulho tremendo saber que vamos estar a jogar longe de Guimarães, à noite, mas como se estivéssemos a jogar em casa".
Será mais fácil para equipa ter intensidade com esse apoio dos adeptos?: "Com isto da pandemia infelizmente habituamo-nos a não ter adeptos. O ser humano habitua-se. Depois, fica a pergunta como será? Acho que a presença dos adeptos só ajuda. Se é preciso exemplo de como os adeptos do Vitória ajudam o clube, vamos buscar a memória do passado recente. Depois de uma expulsão aos 10 minutos mandamos no jogo, com volume ofensivo e oportunidades. Depois, uma expulsão aos 59 minutos e parceria que estávamos 11 contra 11 em campo. Todos queremos ter mais pontos, mas há uma coisa inegociável, darmos a vida dentro do campo, dar a vida é dar tudo, é sair de campo exausto. O André, na flash, se lhe tapassem a boca ele caía para o lado porque deu tudo, como todos deram tudo. Há qualidade para fazermos aquilo que acreditamos que vai acontecer, jogar bem e vencer".
Marcações: Vitória Sport Clube, Arouca, Pepa