Miguel Pinto Lisboa sobre jogos à porta fechada: "Estamos convictos de que vamos reverter as decisões"
Miguel Pinto Lisboa reagiu, este sábado, às penas de realização de jogos à porta fechada que têm sido aplicadas ao Vitória nos últimos dias na sequência do 'caso Marega'. As declarações do Presidente do Vitória foram prestadas ao Grupo Santiago à margem do 1ª Seminário de Futebol, que decorre no Estádio D. Afonso Henriques. Em primeiro lugar, o dirigente reforçou que o Vitória "recorreu de todas as suspensões que lhe foram aplicadas e que quase todos os recursos implicam efeitos suspensivos". Por outro lado, sustenta que as sanções "não são justas nem adequadas e estamos convictos de que as vamos reverter. Isto é matéria de facto e, portanto, convém não esquecer que os processos ainda serão apreciados e há um longo histórico de decisões revertidas".
Em segundo lugar, Miguel Pinto Lisboa considera que "não devem ser confundidos os casos apreciados pela justiça desportiva, por muito que discordemos dela, e o que tem o crivo da APCVD, que é uma entidade de um Governo que está numa cruzada declarada contra o desporto, contra o futebol e contra os adeptos". É precisamente contra a APCVD que o Presidente vitoriano direcciona as suas críticas: "Tem fins políticos a atingir e, portanto, não surpreende minimamente que use o Vitória e os seus adeptos para transmitir uma mensagem que não colhe, porque o Governo que supervisiona esta suposta Autoridade serve interesses que não os do desporto e os dos adeptos portugueses, como ainda nestes últimos dias tem sido demonstrado."
Ainda a propósito deste assunto, Miguel Pinto Lisboa entende que "o futebol e as estruturas do futebol estão a passar uma mensagem com estas sucessivas condenações que não leva em conta que estamos há ano e meio sem adeptos nos estádios. Sabendo todos nós que no passado, pré-Covid, se decretaram em primeira instância dezenas de interdições de estádios que nunca chegaram a ser cumpridas, seria até imoral que isso se verificasse agora". Assim, assevera que é dever do Vitória "denunciar e combater este estigma que se tem tentado colar ao Vitória e aos seus adeptos e também afirmar que nos vamos defender nas sedes próprias e exigir os devidos reparos, salvaguardando um interesse superior: termos os nossos adeptos no estádio rapidamente".