Berço no mercado para gerar negócios com Welton, Aponza, Joyce, Remy e Leo Coltro

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O Berço Sport Clube está no terreno para viabilizar a qualquer momento um conjunto de operações que defendem a sua matriz comercial, algo que é absolutamente fundamental para o desenvolvimento e sustentabilidade do seu projecto depois de duas épocas fustigadas pelas adversidades económicas inerentes aos efeitos nefastos da pandemia. Na verdade, falamos de receitas extraordinárias, as quais só podem advir da transação de alguns dos seus activos, um pouco à semelhança do que acontece com os clubes das ligas profissionais que todos os anos se vêem na obrigação de vender. No Berço, a fórmula não é distinta, estando naturalmente adaptada à realidade do Campeonato de Portugal. Mas é inevitável. A temporada 20/21, na forma como se desenrolou e como viria a ser concluída sem que, no mínimo, a equipa se apurasse sequer para disputar o play-off de acesso à Liga 3, não se revelou a melhor montra para a valorização do número de activos que o clube pretendia, mas tudo indica que os próximos dois meses serão de grande actividade a esse nível.

Um dos jogadores que tem o seu espaço reservado nas ligas profissionais, em Portugal ou no exterior, é Welton. O médio de 22 anos, que se considera ter o perfil de “box to box” claramente para patamares superiores, ainda se encontra em Guimarães e deve continuar durante mais algum tempo para ultimar algumas questões relacionadas com o seu futuro. Depois de oportunamente terem informado Welton das movimentações em torno do seu futuro, os responsáveis do Berço já reuniram com o representante do atleta, pelo que a estratégia está definida e claramente alinhada entre as partes. Welton cumpriu a segunda época no Berço, com quem tem contrato para a próxima, acumulando o total de 44 jogos e cinco golos e um conjunto de exibições que fazem dele um activo para rentabilizar no imediato. Aliás, esse foi o compromisso assumido com o atleta no final da época anterior, depois de uma estreia em Portugal muito positiva e que despertou enorme curiosidade e que levou inclusive a conversas com a SAD do Sp. Braga muito impulsionadas pelo agrado que Ruben Amorim, agora no Sporting mas na altura técnico da equipa B dos bracarenses, mostrara no atleta.

O ponta-de-lança colombiano é senhor de um perfil extraordinário e entendem os responsáveis do Berço que estão perante um atleta que, devidamente enquadramento num projecto que o faça crescer, atingirá um nível muito alto. Aponza tem 21 anos, 1,90 metros e uma capacidade motora que, apesar da sua altura, revelam um jogador coordenado, fisicamente pujante e tecnicamente muito interessante. O jovem sul-americano chegou a Guimarães em Janeiro de 2020 e tem contrato com o clube até Junho de 2024. Participou em três jogos da época anterior e na 20/21 teve intervenção em 16 partidas, tendo marcado quatro golos. Mais do que a estatística, neste caso particular está em causa a projecção do atleta e toda a sua margem de evolução.

Outro atleta com espaço reservado nas ligas profissionais da próxima época é Joyce. O defesa-central de 22 anos, apesar de ter sido traído por uma ausência prolongada na Colômbia que o fez terminar mais cedo a época, esteve inclusivamente a ser negociado em Fevereiro com um clube da II Liga, mas dado que não conseguiu deixar o seu país a transferência abortou. Com contrato até Junho de 2023, Joyce chegou a Guimarães numa altura em que o clube disputava o Pró Nacional e na época passada foi uma das grandes surpresas da prova. Com um pé esquerdo evoluído tecnicamente, Joyce alia a sua rapidez a uma atitude de elegância e eficácia que fará dele uma referência nas ligas profissionais. Resolvidos os problemas administrativos que o impediam de viajar, Joyce deve reapresentar-se em Guimarães no início de Junho para começar mais cedo a época 21/22.

O médio-ofensivo francês será trabalhado para um projecto de patamar superior. Numa reunião recente que juntou os responsáveis do Berço e o seu agente ficou materializada a estratégia tendente a valorizar o atleta que, mais uma vez, deu sinais de qualidade. Remy, recorde-se, representou o Vitória na época 18/19 e nas seguintes defendeu o emblema do Berço. Com contrato até Junho de 2023, Remy entende estar preparado para um desafio superior, pelo que as partes acordaram que o passo seguinte será, efectivamente, colocá-lo à prova num desafio em que o próprio deve estar capacitado para não falhar. Abordagens recentes com clubes da II Liga fazem acreditar que o francês de 21 anos jogará, de facto, nas ligas profissionais a partir da próxima temporada.

Por definir está o caso de Leo Coltro. O defesa-central de 22 anos tem contrato com o clube até 2024, mas poderá seguir a sua carreira no Brasil. Os agentes do “gigante” de 1,90 metros informaram os responsáveis do Berço que vão analisar juntamente com o atleta algumas possibilidades no mercado brasileiro para perceberem até que ponto são reais as hipóteses de se avançar para qualquer tipo de negociação. No Brasil, o Berço tem Ferreira no Botafogo e Pitbull no São Bernardo.


Marcações: Campeonato de Portugal, Berço SC

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